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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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Venda de carros aumenta 17,7% em outubro, aponta Fenabrave

O segmento de automóveis e comerciais leves continua a impulsionar os números de vendas da indústria automobilística nacional, já que o setor de caminhões passa por um turbulento ano. No entanto, para manter alto o volume de emplacamentos, o governo usou e "abusou" do artifício de garantir descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros. Com mais uma prorrogação - até o fim deste ano - e mais lançamentos de modelos, as vendas de automóveis e comerciais leves chegaram a 326.917 unidades em outubro, alta de 17,7% sobre o mês anterior.


O resultado representa o melhor outubro e o melhor acumulado para o segmento -de janeiro a outubro foram emplacadas 2.993.696 unidades, aumento de 7,2% sobre o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Como a previsão inicial era de que o desconto no IPI terminasse no fim de outubro, os números do mês levam em conta também uma parcela de antecipação de compra. Em setembro, quando houve queda em relação ao recorde de agosto, as vendas no segmento somaram 277.597 unidades. Na comparação com outubro do ano passado, o aumento nas vendas chega a 23,9% já que, no período anterior, os emplacamentos somaram 263.776 unidades.

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Projeção revisada para baixo
Mesmo assim, a previsão de vendas de automóveis e comerciais leves neste ano foi reduzida, embora ainda seja de alta.

Segundo as novas projeções da Fenabrave, o segmento crescerá 4%, e não mais 8,05%, como era esperado antes. Assim, o país deve fechar o ano com 3.562.571 carros emplacados.

Total de veículos
Ao considerar todo o setor de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), as vendas no Brasil subiram 18,5% no mês, de 288.104 para 341.663. No acumulado de janeiro a outubro, o volume chega a 3.130.818 — crescimento de 5,67% sobre as 2.962.864 unidades emplacadas no mesmo período de 2011.

Ainda com vendas abaixo da expectativa, mas já em recuperação, o segmento de caminhões enfrenta um ano difícil, consequência da antecipação das vendas no ano passado provocada pela nova lei ambiental que entrou em vigor este ano e encareceu os produtos com novos motores e pelas dúvidas sobre o crescimento econômico brasileiro.

Em outubro, foram emplacados 12.543 veículos pesados, número 48,1% maior do que em setembro (8.469). Na comparação anual, no entanto, a queda chega a 9,55%. Em dez meses, foram vendidos 112.639 caminhões, volume 21,55% menor do que o registrado no mesmo período de 2011.

Para os ônibus, com 2.203 emplacamentos, o mês também foi de melhora nas vendas (alta de 8,1% sobre setembro, mas queda de 25% sobre outubro de 2011). No acumulado do ano, o recuo é de 13,7%, com 24.483 unidades emplacadas.

Motos e a dúvida do crédito
Contadas à parte, as vendas no segmento de motos somaram 134.736 unidades em outubro, uma alta de 16,8%¨em relação ao mês anterior. Na comparação o mesmo período do ano passado, no entanto, houve queda de 7,8%. De janeiro a outubro foram vendidas 1.377.740 motos contra 1.580.361 em igual período de 2011. A queda de 12,8% é justificada pelas dificuldades de liberação de crédito no setor.

Para os bancos, financiar carros é mais lucrativo e mais "seguro", já que a inadimplência é uma das mais baixas no país, embora tenha aumentado neste ano. No caso do segmento de motos, além de não ser tão atrativo como negócio, já que o maior volume da demanda é por veículos de baixa cilindrada, a inadimplência é maior, assim como a dificuldade do consumidor em comprovar renda. Dessa forma, as fichas para financiamento demoram a ser liberadas, o que torna o consórcio a melhor opção - modalidade financeira dominada, neste caso, pelo banco da fabricante com maior volume de vendas, a Honda.

Disputa por marcas
Na briga das montadoras, considerando o segmento de automóveis, a Fiat manteve a liderança com 24,71% das vendas registradas em outubro, seguida por Volkswagen (21,58%), General Motors (16,54%) e Ford (9,16%). A Renault aparece na quinta posição (6,49%), à frente de Honda (4,04%%), Toyota (3,85%), Hyundai (3,21%), Citroën (2,13%) e Peugeot (1,9%).

No acumulado do ano, esse ranking se mantém praticamente o mesmo: a Fiat lidera com 23,13% de fatia no mercado nacional, seguida de Volkswagen (21,24%%), General Motors (17,62%) e Ford (8,98%), Renault (6,73%), Honda (3,74%), Nissan (2,98%), Toyota (2,9%), Hyundai (2,59%) e Citroën (2,07%).

Mais vendidos
O Volkswagen Gol foi o carro mais vendido no mês, com 27.737 unidades emplacadas. Em segundo ficou o Fiat Uno (21.370), seguido pelo Fiat Palio (18.824). O Volkswagen Fox aparece em quarto lugar (14.601) e o Fiat Siena em quinto (12.512).

Entre os principais lançamentos do setor nos últimos meses, o Hyundai HB20 somou 3.312 unidades em outubro, em sua estreia. Há que se considerar que a nova rede de distruição da Hyundai Brasil ainda não está totalmente estruturada e o volume de produção ainda não foi suficiente para a distribuição plena -que também é o caso do Toyota Etios, com 1.112 unidades do hatch e 611 do sedã emplacadas em outubro (contando com as de setembro, no acumulado são 1.403 do primeiro e 801 do segundo).

O novo Ford EcoSport viveu seu primeiro mês cheio de vendas, segundo a montadora, e voltou a liderar a categoria SUV, que faz parte do segmento de comerciais leves, com 6.525 unidades emplacadas contra 4.871 do Renault Duster, que ficou em primeiro nos últimos meses. No acumulado do ano, o Duster ainda está na frente, com 35.687 unidades vendidas contra 27.966 do EcoSport, cujos números desaceleraram enquanto o consumidor esperava pela nova geração.
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