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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

Notícias | Carros & Motos

'Voltamos 6 anos no tempo', diz Fenabrave sobre vendas de moto

As vendas de motos subiram 16,8% em outubro na comparação com setembro, segundo balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgado nesta terça-feira (6). Foram emplacadas 134.736 unidades.


Outubro teve 3 dias úteis a mais, o que representou 18 mil motos em vendas. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 7,8%. A baixa vem se repetindo nos últimos meses.

No acumulado do ano, foram vendidas 1.377.740 motos contra 1.580.361 em igual período de 2011, um recuo de 12,8%. "Voltamos 6 anos no tempo. Isso não vai melhorar muito até o final do ano", afirma o presidente da federação, Flavio Meneghetti.

O desempenho do setor esbarra em dificuldades de aprovação de crédito pelos bancos. De acordo com a Fenabrave, a liberação de fichas cadastrais para crédito aumentou recentemente. Hoje, de cada 100 propostas, 22 são aprovadas, diz a entidade. Antes eram apenas 16. Nos últimos meses, o governo federal anunciou medidas de estímulo ao crédito, mirando, entre outros, o setor de duas rodas.

De janeiro a agosto deste ano, segundo números da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), houve uma baixa de 19% nas vendas financiadas em relação ao mesmo período de 2011: de 561 mil para 454 mil unidades.

O financiamento é a principal modalidade de vendas de motos no país. Neste ano, nos primeiros 8 meses, 46% dos negócios foram feitos por meio de financiamentos, um índice alto, porém inferior ao de outros anos. Se mantiver esse percentual até o dezembro, 2012 terá o pior nível dos últimos 6 anos para essa modalidade de venda, superando apenas 2005, quando 32% das comercializações foram financiadas, e 2006 (36%). Em 2011, o índice chegou a 52%, ainda segundo a Abraciclo.

Para os bancos, financiar carros é mais lucrativo e mais "seguro", já que a inadimplência é uma das mais baixas no país, embora tenha aumentado neste ano. No caso do segmento de motos, além de não ser tão atrativo como negócio, já que o maior volume da demanda é por veículos de baixa cilindrada, a inadimplência é maior, assim como a dificuldade do consumidor em comprovar renda. Dessa forma, as fichas para financiamento demoram a ser liberadas, o que torna o consórcio a melhor opção - modalidade financeira dominada, neste caso, pelo banco da fabricante com maior volume de vendas, a Honda.

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