Isso foi há uns 2 anos. Eu estava em uma Ford Transit fretada pela minha empresa para levar alguns funcionários até a região serrana. Chovia fino e, sentado no banco do carona, pude ver quando após uma curva nos deparamos com um tronco de árvore criminoso no meio da pista. O motorista da van freou forte e girou o volante todo para um lado, depois para o outro. A van balançou sem derrapar, e voltou para a trajetória. Todos os passageiros acordaram, uns gritaram e outros xingaram muitos palavrões, mas continuamos vivos para contar essa história.

E tanto o carro como nós saímos dessa sem arranhões. Foi graças à habilidade do motorista apenas? Também. Mas principalmente graças aos duendes eletrônicos presentes no carro. São homenzinhos verdes que trabalham nas rodas do veículo para corrigir besteiras que você faça, ou para te salvar de besteiras que outros fizeram. Brincadeiras à parte são recursos eletrônicos que atuam diretamente nos freios e/ou na aceleração para salvar a sua pele.

O controle de estabilidade (que aqui chamarei de ESP – Eletronic Stability Program) é um desses duendes, e atua nos freios do carro de forma independente, assim que qualquer possibilidade de derrapagem é detectada. Ele pode atuar também no acelerador eletrônico, cortando a aceleração conforme necessário, para que o trabalho do ESP não seja atrapalhado por pés assustados. Geralmente o funcionamento do ESP é discreto, e muitos nem sabem que seu carro possui tal dispositivo. A ação do ESP é indicada pelo piscar ou acender de uma luz espia simbolizando um carro derrapando (igual à placa de pista escorregadia).