A Lexus produziu na última sexta-feira (14) a 500ª unidade do superesportivo LFA. E, como previsto, a última. "É o fim de um capítulo determinante para a marca, quando a percepção e o entendimento das pessoas sobre a Lexus mudaram, talvez, para sempre", resumiu a fabricante japonesa.

A divisão de luxo da Toyota diz que o aprendizado na produção do LFA vai influenciar novos produtos. "Já influencia toda a família, não apenas os modelos que levam o distintivo F Sport".

Fabricado artesanalmente em Motomachi, no Japão, o LFA é um cupê superesportivo com tração traseira, equipado com motor V10 de 4.8 litros, que desenvolve 560 cavalos a 8.700 rpm. O torque é de 48,9 kgfm a 7.800 rpm. O conjunto é completado pela transmissão automática de seis velocidades. De acordo com a Lexus, o LFA atinge a velocidade máxima de 325 km/h e vai de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos.

O modelo, que pesa 1.580 kg, utiliza fibra de carbono em um "percentual significante de seus componentes", descreve a marca, "aproveitando-se a excepcional resistência, rigidez e leveza desse material". A própria Lexus fabricava o material, a fim de adquirir know-how para produtos futuros.

"Vivi e respirei supercarros a década passada inteira", diz Haruhiko Tanahashi, engenheiro-chefe do projeto. "Especialmente o LFA. Poucas pessoas tiveram a oportunidade que nós tivemos: criar um supercarro de alto nível, a partir de uma folha de papel em branco."

O projeto começou em 2000, mas a produção do LFA foi iniciada há 2 anos, em 15 de dezembro de 2010, a cargo de um time de 170 pessoas "escolhidas a dedo" envolvidas na fabricação de componentes, montagem e pintura do modelo. Apenas uma unidade era produzida por dia e praticamente todas já estavam vendidas.

O LFA foi exposto no estande da Lexus no último Salão de São Paulo, em outubro passado. A marca chegou ao Brasil em maio deste ano e, em junho, anunciou que ofereceria uma unidade do superesportivo no mercado local.