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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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Brasil é última opção de investimento dentro do Bric

Diversas montadoras anunciaram no final de 2012 intenção de construir fábrica no Brasil, depois que o governo federal criou um novo regime automotivo que oferece benefício fiscal a empresas que cumpram com requisitos de nacionalização dos processos. O montante a ser investido nos próximos quatro anos é bilionário, no entanto, uma pesquisa da consultoria KPMG aponta que o Brasil é o último destino de aporte das fabricantes entre os países do grupo chamado de Bric, que inclui também Rússia, China e Índia (o estudo não considera da África do Sul como parte da sigla).


De acordo com o estudo feito com 200 executivos da indústria automotiva em 31 países, a China é a escolha prioritária para investimentos das montadoras globais, seguida por Índia e Rússia. “Apesar de todas as incertezas que têm mexido com o mercado automotivo mundial, o Brasil continua mostrando sua força”, afirmou no estudo Charles Krieck, sócio-líder da prática de indústria automotiva da KPMG no Brasil.

Enquanto os executivos esperam diminuição nas vendas e na produção na Espanha, Itália, França e Reino Unido, as principais apostas positivas essão nos países do Bric, assim como na Indonésia, Malásia, México e África do Sul. Conforme o levantamento, Brasil, Rússia, Índia e China serão responsáveis por 41% a 50% das vendas de veículos no mundo até 2018.


“Tivemos agora em 2012 um novo recorde de vendas, claro que estimulado por uma política de incentivos fiscais que foi determinante para manter o segmento aquecido”, disse Krieck. Depois de recorde de 3,8 milhões de unidades vendidas em 2012, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) prevê que este ano estabelecerá um novo patamar, com aumento de 3,4% nas vendas, para 3,93 milhões de veículos.
Preferências

O estudo da KPMG também mostra que a expectativa dos executivos é que o consumidor de mercados maduros, como Estados Unidos e Europa, busquem modelos mais compactos e econômicos, com objetivo de reduzir gastos. Já nos países emergentes do Brics, o movimento é inverso. “Enquanto a estimativa de crescimento apontada pela pesquisa para o segmento de veículos básicos ficou em 58% para os mercados maduros e em 49% para os Brics, na faixa dos SUVs (utilitários esportivos) os percentuais respectivos foram 39% e 66%”, afirma a pesquisa.

O investimento em novas tecnologias ainda não é unanimidade entre os executivos da indústria: 24% dos entrevistados dizem que investirão em modelos híbridos (que aliam bateria elétrica a motor a combustão) e apenas 8% desenvolverão tecnologias para veículos 100% elétricos. “No entanto, parece que veículos elétricos puros não prevalecerão, ao menos na próxima década”, comentou Mathieu Meyer, líder global da prática no setor da KPMG.
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