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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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Primeiras impressões: Chevrolet Malibu 2013

A General Motors diz que, "se tudo der certo", o novo Malibu chega ao Brasil no segundo semestre deste ano. O carro tem sido visto em testes pelo Brasil e deverá ser um dos três lançamentos que a montadora reserva para 2013 no mercado nacional. A nova geração do sedã global, lançada no ano passado nos Estados Unidos, um de seus principais mercados, chegou com visual rejuvenescido e mais tecnologia, mas a concorrência também andou (e chegou mais cedo ao Brasil).


Um dos principais rivais, o Ford Fusion, mirou de vez o consumidor mais "antenado" com a tecnologia. É o público "jovem de coração", como diz a Mercedes-Benz, com R$ 100 mil para gastar em um carro, como descreveu a Ford, na época do lançamento do Fusion para o Brasil.

O fato é que, meses depois de lançado nos EUA, a vida do Malibu já não está sendo fácil. Mesmo redesenhado, o sedã mantém o ar conservador e recebe críticas naquele mercado pelo visual insosso e até pelo pouco espaço interno traseiro, dizem as publicações especializadas americanas. Ao "Automotive News", ainda no fim de dezembro, o chefão da GM, Dan Akerson, confirmou que mudanças serão feitas para o fim de 2013. Ele adiantou que haverá alterações na frente, "nada dramático", mas bem antes que as tradicionais reestilizações de meio de vida dos modelos.

Acontece que as vendas do Malibu não empolgam e a disputa entre os sedãs médios no mercado americano é ferrenha: além de Fusion, Nissan Altima (que chega ao Brasil também neste ano), Volkswagen Jetta e Hyundai Sonata, ele encara o Toyota Camry e o Honda Accord, considerados sedãs grandes no mercado brasileiro.

No Brasil, já há menos concorrência e visual é questão de gosto, claro. Até no portfólio da Chevrolet o caminho está aberto para o Malibu com a aposentadoria do Omega. Mas o sedã divide com Volkswagen Passat e Hyundai Azera, concorrentes pela faixa de preço, a desvantagem da taxa de 25% de importação, que não recai sobre o Fusion, por exemplo, que vem do México, país isento da taxa devido a acordo comercial.

A GM, que afirma ainda estudar o lançamento do Malibu no Brasil, diz que também não sabe se o trará dos EUA ou da Coreia do Sul. Porém, adianta que o carro viria em uma única versão (nos EUA há 8 configurações) e com única opção de motor.

Ao volante
O G1 experimentou o carro na versão intermediária, LT, em um trajeto urbano de cerca de 30 km, dividido entre dois motoristas, entre Detroit e Troy, cidade nos arredores. Foram basicamente retões onde a velocidade máxima não passava de 72 km/h.

À primeira vista, o que chama a atenção é o visual mais rejuvenescido. Sobretudo na traseira, com linhas que a deixaram mais robusta, combinando com o novo desenho das lanternas, que agora têm a mesma largura (na geração anterior, a parte que ficava sobre o porta-malas era mais estreita, dando um ar mais suave ao carro).

Na frente, a grade do radiador continua dividida em duas, como manda a nova identidade da Chevrolet, mas um pouco mais estreita na parte inferior, tornando-se mais harmônica. Os faróis estão mais alongados e o para-choque também foi redesenhado. Porém, no geral, o Malibu ainda se mostra sóbrio, bem diferente de rivais como Azera e Fusion.

Por dentro, também há novidades. O conforto, maior atrativo do modelo, continua ali. Na versão LT, intermediária nos EUA, os bancos e o volante são revestidos em couro; este último possui controle do rádio, do computador de bordo, entre outras funções, e permite a troca manual de marchas (mesmo que em posição incômoda).

As portas e o painel têm detalhes imitando madeira, novamente para não fugir ao conservadorismo, mas o que se destaca é a tela colorida de 7 polegadas, sensível ao toque, no painel central. Por ali, o dono do Malibu entra na era da conectividade, com o sistema My Link.

A versão avaliada estava equipada com câmera de ré, opcional nessa configuração nos EUA. O ar-condicionado era dual zone e havia entrada para USB. Também equipavam o sedã o sistema de alerta de colisão (que apita e emite sinal de luz quando o carro da frente diminui muito a velocidade), controle de estabilidade e assistente de frenagem de urgência, que aplica força completa do freio, 10 airbags, entre outros itens.

O trajeto pouco exigiu do motor 2.5 naturalmente aspirado (recentemente foi lançada nos EUA uma versão turbo para essa configuração e para a topo de linha LTZ) de 200 cavalos a 6.300 rpm, e torque máximo de 26,4 kgfm a 4.400 rpm.

Ele se mostrou quase silencioso (antes de acelerar, parecia nem estar ligado para quem estava dentro do carro) durante praticamente todo o tempo. E entregou agilidade para o modelo de 4,86 m de comprimento por 1,85 m de largura. A suspensão, firme, não se mostrou desconfortável e as poucas curvas foram feitas com tranquilidade.

Para quatro pessoas, há espaço o bastante no carro, mas um quinto passageiro torna o banco de trás menos agradável. Não dá para comparar com o conforto do banco traseiro do Toyota Camry, carro nitidamente voltado para esses passageiros, por exemplo. Mas o porta-malas continua generoso.

Vem ou não vem?
O Malibu foi uma das atrações da Chevrolet no Salão de São Paulo, em outubro passado. Na última quarta-feira (16), dias depois do teste promovido pela GM em Detroit, o internauta Jean Pierre Sene enviou ao VC no AutoEsporte imagens do Malibu na Via Dutra, em mais uma indicação de que a nova geração deve vir mesmo.

Diferente do que acontece no mercado americano, onde o Malibu é carro de alto volume, no Brasil não é para se esperar que seja um campeão de vendas na categoria, pois, devido à importação, provavelmente a montadora continuará com a estratégia da geração anterior: limitar as unidades e fazer vendas apenas sob encomenda.
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