A Honda estreia sua linha 2014 com novidades para seu carro-chefe no Brasil, o sedã Civic, e também para o utilitário CR-V. Ambos os carros passarão a ter a opção do motor 2.0 flex - o CR-V era trazido apenas com bloco a gasolina.
O propulsor fabricado no México dispensa o 'tanquinho' de gasolina para a partida a frio. O recurso não é novidade: já está disponível no mercado brasileiro em modelos da Peugeot e da Citroën. Mas a Honda explica que sua tecnologia, batizada de Flex One, se baseia na "leitura" que o sistema faz da temperatura do combustível quando o motorista destranca o carro. A partir dali, em dias frios, esse sistema aquece o combustível conforme a necessidade. A montadora pretende estender o recurso a motores menores, futuramente.
O motor 2.0, com 155 cavalos de potência (com etanol) a 6.300 rpm, será exclusivo das versões LXR (intermediária, antiga LXS) e EXR (topo de linha, antiga EXS). Ambas terão apenas a opção do câmbio automático de 5 velocidades, com borboletas ao volante que permitem a troca de marcha manualmente.
A LXR passa a ter, de série, faróis de neblina. Na EXR não há mudanças nos equipamentos. A versão de entrada, LXS, continua com motor 1.8 flex, mas que ainda requer o 'tanquinho'. Opção ao câmbio automático de 5 velocidades, o manual agora ganha a sexta marcha.
Essa versão também passa a contar com Bluetooth, que já era de série nas demais, além de forração no porta-malas, que, segundo a Honda, "atende a pedidos". Sem mudanças visuais, a linha 2014 do Civic começou a chegar às concessionárias nesta semana. Veja abaixo os preços:
LXS (manual) - R$ 66.69
LXS (automática) - R$ 69.900
LXR (automática) - R$ 74.290
EXR (automática) - R$ 83.890
A Honda reafirmou ainda que a versão esportiva do Civic, vista no Salão de SP, em outubro passado, voltará em 2014. O motor será um 2.4 "com mais de 200 cavalos", diz Guedes, e câmbio de 6 marchas.
Novidades do CR-V
A linha 2014 do CR-V chega às lojas no fim de março. Além do motor bicombustível sem tanquinho, o CR-V ganhará uma versão EX (topo de linha) só com tração frontal - atualmente só há a EXL 4WD, com tração integral. A de entrada, LX 2WD passará a contar com bluetooth e a mesma chave canivete do Civic 2.0, que ativa o aquecimento do álcool quando necessário. A capacidade do tanque de combustível sobe de 58 para 71 litros, "para dar mais autonomia ao carro com etanol", justifica Guedes.
"Este será um ano de muitas decisões para a Honda", afirma o diretor comercial Sergio Bessa, que espera crescimento nas vendas da marca. Porém, para o CR-V, a perspectiva é de menos emplacamentos do que em 2012. Isso porque, no ano passado, a montadora ainda conseguiu trazer para o Brasil uma boa quantidade do SUV, importado do México, antes de o Brasil limitar a comercialização de carros com aquele país. Com as cotas estabelecidas desde março último, a Honda diz que consegue trazer apenas metade da demanda que o modelo tem. Contando com as unidades embarcadas antes da restrição, foram vendidas cerca de 15 mil unidades do CR-V em 2012. "Aquele volume pré-cotas fez toda a diferença. Este ano com certeza terá um número menor", lamenta Bessa.
Segundo ele, o volume do CR-V, no entanto, ainda não viabiliza a produção de um carro desse porte no Brasil. 'Mas estamos estudando as possibilidades", afirma.
SUV do Fit deve vir
O diretor confirma que a Honda quer ampliar sua presença no segmento com um modelo que se colocaria numa faixa abaixo do CR-V, algo como a versão SUV do Fit, que será baseado no conceito Urban exibido no Salão de Detroit (EUA), no começo do mês. O carro vai estrear primeiro no Japão e, no ano que vem, nos Estados Unidos, cujas unidades serão fabricadas no México – aproximando o modelo do Brasil. "Queremos trazer, esse carro seria muito bom para o Brasil. Mas ainda não se sabe nem quando vão começar a produzir", diz Bessa.
