Pai e filho foram presos em flagrante por chefiar um esquema de fraudes em autoescolas nas zonas Sul e Norte de São Paulo. Segundo a polícia, eles são suspeitos de inserir dados falsos no sistema de informações do Detran. Investigações buscam identificar todos os clientes que pagavam para levar presença, mesmo sem frequentar as aulas.

A autoescola do Ipiranga, na Zona Sul, pertence ao pai. Já a da Vila Califórnia, na Zona Norte, ao filho. Segundo a polícia, eles usavam digitais de silicone para simular a presença de alunos em aulas teóricas de direção. Digitais de 400 pessoas foram apreendidas.

Os clientes pagavam de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil pelo serviço - mais que o dobro do preço normal para tirar a carteira de motorista.

Quem usou o esquema fraudulento pode ser identificado. Cada grupo de digitais vem com uma etiqueta, com o nome e o CPF de cada pessoa.

A polícia vai usar esses dados para conseguir os endereços e vai ouvi-los. Segundo o delegado Levi D'Oliveira, suspeitos de se beneficiar do sistema podem responder por corrupção e falsidade ideológica.

Nos próximos dias, o Detran deve decidir se as autoescolas da família serão interditadas ou se continuarão funcionando.