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Sexta-feira, 28 de junho de 2024

Notícias | Carros & Motos

Primeiras impressões: Chery Celer Hatch

O novo Chery Celer começou a ser divulgado neste mês com peças publicitárias na internet que apelam à ousadia, mas sem ganhara tanta atenção quanto os famosos "pôneis malditos" da Nissan. Mesmo assim, a mensagem passada "chega de carro pelado" atinge diretamente o público que não quer mais um carro de entrada. Por R$ 35.990 na versão hatch e R$ 36.990 na sedã, a marca oferece configurações únicas do modelo, mas com extensa lista de itens de série.


O lançamento traz de série ar-condicionado, direção hidráulica, ABS, EBD, airbag duplo, travas, vidros e retrovisores elétricos, rádio e CD Player MP3 com entrada USB, rodas de liga leve de 15'', faróis de neblina e aerofólio com luz de freio integrada. Para o motorista, há ainda seis posições de ajuste de banco e regulagem da altura da direção, acionamento interno para abertura do tanque de combustível e desembaçador do vidro traseiro, regulagem elétrica da altura dos faróis e sistema que desliga automaticamente as luzes do carro por tempo ajustado da forma desejada.

Contudo, o mais importante a ser analisado neste carro é quão "tropicalizado" ele realmente ficou. Isso porque ele será o primeiro modelo a ser produzido no Brasil. De acordo com a Chery, ao todo, 140 componentes receberam adequações para o mercado brasileiro, como motor, transmissão, sistema de som e acabamento interno. O G1 conferiu a versão hatch do Celer, que chega esta semana às lojas. O trajeto de 80 quilômetros pela região de
Desempenho
O motor flex do Celer é produzido na China com a tecnologia bicombustível desenvolvida pela Delphi em Piracicaba (SP). Para o teste, o veículo foi abastecido com gasolina. De forma geral, ele mostrou desempenho satisfatório, porém nas retomadas sofre um pouco e exige redução de marcha. Mas o que incomoda mesmo é que, na estrada, o propulsor trabalha em altas rotações e o isolamento acústico deixa a desejar. O ruído invade a cabine e incomoda especialmente quem está ao volante. Já a transmissão não decepcionou e nem surpreendeu — os engates são fáceis.

Bem diferente do Chery QQ, o Celer tem bom comportamento em altas velocidades e não trepida. Porém, a suspensão não compensa as curvas. Ao longo de toda a sinuosidade da Fernão Dias, a traseira puxou. Decepcionante mesmo foi a frenagem, pois o pedal não é preciso e a “reação” do freio demora, o que gera muito desconforto.

Acabamento e ergonomia
O acabamento também foi outro ponto destacado pela montadora chinesa em seu discurso de apresentação do carro. Externamente, o Celer é o mesmo do mercado chinês, feito pelo estúdio italiano Torino Design. O visual tem apelo esportivo, que se destaca pela grade frontal ao fundir com os faróis alongados de refletores duplos. O desenho formado pelo conjunto é de um "V". A entrada de ar grande tipo colmeia arremata o acabamento. As laterais têm vincos na parte inferior e superior das portas. Para completar, a linha de cintura é elevada e o para-choque traseiro emoldura as lanternas. Internamente, a cor do acabamento é preta, fechando o harmonioso conjunto.

Em contraste, o desenho interno não é nada esportivo. Os traços “quadradões” somados à qualidade inferior dos plásticos utilizados não diferem em nada o Celer dos outros modelos da marca. Isso causa uma bela desvantagem em relação aos concorrentes Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Porém, é superior ao do Toyota Etios.

Contudo, o item que o Celer perde de todos os seus concorrentes é a ergonomia. Apesar de o motorista ter a possibilidade de ajustar bem e facilmente o banco e o volante, o desenho dos bancos e o material utilizados nele causam desconforto a todos os ocupantes do carro. Uma pena, já que o espaço interno é muito bom, incluindo o porta-malas de 380 litros.


Conclusão
Quando os chineses começaram a exportar seus carros para o mundo, os analistas de mercado disseram logo de cara que em pouco tempo eles iriam superar japoneses e sul-coreanos. O Celer é um exemplo dessa rápida evolução tecnológica, mas ela ainda não chegou ao topo de sua maturidade. Obviamente, o aperfeiçoamento mecânico demora mais, mas o estrutural já mostra um novo passo à frente. E se a máxima da sul-coreana Hyundai de "o que conta é design" realmente se sustenta, a esperteza dos chineses de contratar italianos para fazer isso só tende a dar certo. Apesar das melhorias, o Celer ainda se baseia na fórmula chinesa de preço baixo aliado a um pacote extenso de itens de série.
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