A disputa territorial entre China e Japão pelas ilhas Diaoyu (ou Senkaku, para os japoneses) já provocou, no ano passado, uma forte queda das vendas de carros chineses no mercado chinês. Uma perda significativa para montadoras como Mitsubishi, Toyota, Nissan e Honda, marcas muito procuradas no país.

Embora questões diplomáticas não sejam comentadas para estrangeiros na China – os chineses fogem do assunto quando são questionados -, percebe-se no Salão de Xangai, que vai até próximo dia 29, um esforço das japonesas para manter suas marcas em evidência. As vendas se recuperaram recentemente, mas alguns especialistas do setor acreditam que veículos de marcas japonesas podem continuar a enfrentar problemas se as relações diplomáticas se complicaram.

No salão, a Mitsubishi apresentou o conceito G4 – ou “Global Four-door” -, que será a versão sedã do Mirage. A montadora promete ser o modelo mais leve da categoria e destaca ainda a visibilidade proporcionada pela frente elevada e a manobrabilidade superior. O carro-conceito é equipado com motor 1.2 acoplado a uma nova transmissão automática CVT de nova geração.

Outra característica do modelo que a Mitsubishi destaca é a grande abertura das portas, para facilitar a entrada e saída dos ocupantes. O espaço interno também é valorizado, com largo banco traseiro e espaço para as pernas.

A Honda trouxe o conceito Crider, que traz as futuras linhas da nova geração do City, embora seja um modelo maior. O Crider compartilha a plataforma com o Civic e é equipado com um motor 1.8 VTEC a gasolina, que pode ser acoplado a um câmbio manual ou automático, ambos de cinco marchas. O propulsor desenvolve 140 cv de potência. O modelo vai atender exclusivamente o mercado chinês, por enquanto. Na China, os preços variam entre US$ 21 mil e US$ 27,5 mil.

Já a Nissan apresentou a gama Livina reestilizada. Desenvolvido pela Dongfeng-Nissan, o modelo ganhou uma frente mais jovem e visual que transmite dinamismo. Destaque para a nova grade frontal e o conjunto dos faróis. No entanto, a parte lateral continua praticamente a mesma, de diferente mesmo apenas as novas rodas de liga leve.

No interior, o sistema de som ganhou mais funções e há opção de câmera de ré e sensores de estacionamento. Sob o capô, são mantidos os mesmos motores a gasolina 1.6 e 1.8 com câmbio manual ou automático de cinco velocidades manual.

A Toyota se concentrou em destacar modelos elétricos, pelo forte potencial de mercado na China nos próximos anos.