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Domingo, 16 de junho de 2024

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Relembre!

Corvette completa 60 anos de história.

Há 60 anos nascia um dos ícones do automobilismo que continua vivo no século XXI. Suas formas esportivas e a proposta de alto desempenho o transformou em um produto desejado que nasceu em tempos promissores. Assim o sexagenário Corvette...

Há 60 anos nascia um dos ícones do automobilismo que continua vivo no século XXI. Suas formas esportivas e a proposta de alto desempenho o transformou em um produto desejado que nasceu em tempos promissores. Assim o sexagenário Corvette atravessou o tempo suscetível às crises e as mudanças no design e na tecnologia para continuar desejado como foi em 1953.


Naquele ano, a GM promovia a exposição Motorama, uma feira anual que mostrava as tendências do automobilismo e a visão futurista que envolvia os produtos da marca. Em janeiro de 1953 a Chevrolet apresentou um carro esportivo de formas simples e muito harmônicas, sobretudo em relação aos modelos da época. A ideia era concorrer com esportivos importados como os MG, Jaguar e Alfa Romeo. Com poucos cromados, perfil baixo e motor de alto desempenho o roadster da GM era simples mas incrivelmente sedutor.

A solução mecânica do Corvette era tradicional, com motor seis cilindros em linha retrabalhado para render 150cv, carburador aprimorado, escapamento duplo e outras mudanças que eram suficientes para levá-lo a 173Km/h de velocidade máxima. O câmbio Powerglide de apenas duas velocidades também era comum nos demais modelos da marca e foi usado no primeiro Corvette, que teve apenas 300 unidades produzidas, todas na cor Branco Polo com interior vermelho.

A imprensa da época elogiou a proposta do carro que nasceu do genial Harley Earl. Porém, na concepção do designer, o carro seria lançado sob a marca Opel e com custo em torno de US$ 2 mil. No entanto, fabricado à mão e com carroceria de fibra de vidro sobre chassi de um modelo sedan, a GM o lançou por US$ 3.513. Para se ter uma ideia, um Chevrolet “comum” era vendido com preços entre US$ 1,5 mil para a versão Business Coupé até US$ 2,9 mil para a versão Townsman de oito passageiros. Um esportivo Bel Air conversível custava US$ 2,1 mil naquele ano, outra forma de provar que o Corvette era um carro e portanto feito para poucas pessoas.

Mas a sede do Corvette mostrou aos executivos da GM que era preciso mudar. Assim, a montadora investiu em uma nova fábrica só para ele com capacidade para fabricar até 10.000 unidades por ano na cidade de Saint Louis, no Misouri. Enquanto isso, no segundo semestre de 1953, ouvia atentamente seus primeiros proprietários que reclamavam de peças mal encaixadas, o visual do motor, o desempenho limitado e até problemas no manuseio do teto conversível que sofria com infiltrações de água. Embora seu design fizesse muito sucesso, o esportivo da Chevrolet recebeu duras críticas que repercutiram na imprensa, e exigiu uma mudança em sua trajetória.

Em 1954 a GM faria pequenas mudanças no “Vette” para melhorar seu desempenho. Em janeiro o carro estreava com o motor Blue Flame, basicamente o mesmo seis cilindros com 5cv a mais com melhor torque. Outras cores ganharam o portfólio como o azul, vermelho, verde metálico, bronze e até o preto que teve apenas seis unidades nessa cor. Mas as vendas não deslancharam e pouco mais de 3.640 unidades foram fabricadas com um déficit de 1.000 unidades esperando por compradores.
O grande passo do Corvette viria apenas em 1955. Zora Arkus-Duntov, um engenheiro belga que trabalhava na GM desde 1953 enviou um memorando aos executivos da empresa em 1954 propondo mudanças no esportivo compacto. Segundo ele, o Corvette deveria ter motor V8, suspensão moderna e um acabamento primoroso, além é claro de uma carroceria em aço tradicional. Como a Ford lançava o seu Thunderbird, Duntov recebeu sinal verde para prosseguir com as mudanças que chegavam para a linha 1955.

Com a maioria dos problemas resolvidos, o Corvette ganhava o novo V8 4,3 litros com 195cv de potência, comando de válvulas modificado e outras soluções simples, além do visual levemente modificado. Assim ganhou novamente a atenção dos consumidores e da imprensa. A grande virada do Corvette e sua definitiva ascensão viria em 1965 quando ele estreou estilo atualizado, motor V8 com 240cv, novo câmbio Powerglide de três velocidades, direção hidráulica e opção de teto rígido. Das 3.500 unidades fabricadas em 1956 o Corvette chegaria ao final da década com mais 10.000 unidades anuais, o que era bastante para a época e sobretudo para um carro que tinha tamanho de um modelo popular e preço de Cadillac.

Os anos foram generosos com o Corvette ainda que seu estilo fosse contestado, sobretudo na quarta geração, de 1984 a 1996, e que o carro parecesse envelhecido nos tempos atuais. Para 2014, os fãs do “Vette” terão uma nova geração, equipada com motor 6,2 litros V8 de 450cv, e toda a tecnologia disponível na gama GM. Seja como for, o Corvette parece rejuvenescer para brigar novamente com os esportivos de seu tempo, afinal fôlego e tradição ele tem de sobra desde os anos 1950.

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