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Terça-feira, 25 de junho de 2024

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Primeiras impressões: novo Mercedes-Benz E 250

Foto: Divulgação / Malagrine Estúdio

Primeiras impressões: novo Mercedes-Benz E 250
Apresentada mundialmente em dezembro passado, a atualização de meio de vida do Mercedes-Benz Classe E chega agora ao Brasil dando um recado claro a quem ficou de cabelo em pé com o comercial do Classe A ao som de “LekLekLek...” (a inusitada trilha sonora "Passinho do Volante", de MC Federado e os Leleks): sim, consumidores na casa dos 20 ou 30 anos são o novo desejo da marca, mas aqueles de 50 ou 60 continuam fundamentais.


Isso porque foram eles que fizeram do Classe E o mais tradicional sedã da marca alemã ao longo de nove gerações, em 67 anos (a nomenclatura “Classe E”, no entanto, surgiu apenas no início dos anos 90). A atual foi lançada em 2009, e agora recebe a primeira mexida – no exterior, principalmente, mas também na cabine e no motor de quatro cilindros.

A versão E 250 (R$ 229,9 mil) segue como a de entrada, mas agora seu motor de quatro cilindros tem 2 litros, não mais 1.8, e sua potência saltou de 184 cavalos para 211 cv.

Seu torque é de invejáveis 35 kgfm, enquanto o câmbio é um automático (7G Tronic Plus) de sete marchas. Os mesmos números valem para o E 250 Coupé (R$ 239,9 mil). O motor 3.5 V6 não sofreu mudanças, e é exclusivo das configurações E 350 (R$ 284,9 mil) e E 350 Cabriolet (R$ 299,9 mil).

Todos os modelos importados para o Brasil oferecem o padrão Avantgarde de acabamento e equipamentos. Entre os principais itens estão GPS, ar-condicionado de três zonas, auxiliar de estacionamento (Active Parking Assist), detector de fadiga (Attention Assist), teto solar, seis airbags, freios ABS com distribuição de força (EBD) e assistência de frenagem de emergência (BAS), controle de estabilidade (ESP), partida em aclive (HSA) e os incomuns sistemas Brake Drying, que aproxima (mas não toca) as pastilhas dos discos de freio quando o limpador de para-brisa é acionado, e Priming, que põe as pinças em prontidão quando o pé deixa o acelerador.

O E 350 troca o couro sintético dos bancos por couro legítimo, rodas de 17 por 18 polegadas e acrescenta DVDs nos encostos de cabeça dianteiros, além de partida do motor por botão.

Segundo Dirlei Dias, gerente sênior de Vendas e Marketing, a previsão de vendas do Classe E para 2013 é de 450 unidades – 150 do modelo antigo, já comercializadas, e outras 300 do estreante daqui até o final do ano. A versão E 250 responderá por 50% dos emplacamentos, enquanto a E 350 será dona de 30%. Cupê e Cabriolet ficarão com 10% das vendas cada.

O principal rival do Classe E no mercado nacional é o BMW Série 5 que, em sua versão 528i, parte de R$ 224.950. Isso porque a Mercedes sequer considera o A6, que também entra na briga por apresentar potência, dimensões e preços similares. Dias alega que o representante da Audi não goza da mesma tradição de BMW e Mercedes no segmento. Enquanto Série 5 e Classe E foram a escolha, respectivamente, de 1.781 e 1.783 compradores de 2009 a 2012, no mesmo período o A6 vendeu apenas 251 unidades, segundo números da Fenabrave.

Separado, mas junto
A mudança mais significativa (e admirável) está exatamente na "impressão digital" do Classe E: os faróis deixam de ser separados. Os fachos continuam distintos, mas desta vez são unidos por uma só lente, enquanto no modelo anterior um filete do para-choque se metia no meio de um farol maior e outro menor, formando um conjunto efetivamente de quatro peças. O contorno dos LEDs dá o tom de requinte – e é o que o faz ser o Classe E identificável de sempre, só que diferente. Por aqui, apenas o visual com o símbolo das três pontas na grade, e não no capô, será oferecido.

Visto de trás, o Classe E foi menos radical na mudança: as lanternas também são formadas por LEDs (até mesmo na luz de ré) e as ponteiras do escapamento foram redesenhadas (mais alongadas e forçando uma esportividade que o carro não tem), levando a uma reestilização do para-choque. Segundo a marca, 100% da iluminação externa é formada por LEDs.

As poucas (e bem-vindas) mudanças na cabine são um rearranjo no painel – que manteve o estilo, mas agora agrupa temperatura e nível de combustível num só mostrador; e o relógio, menor, foi parar entre as saídas do ar-condicionado. Além disso, há o novo volante (que tem servido quase a toda linha Mercedes) e tela de GPS/entretenimento redesenhada.

No E 250, o acabamento interno traz uma chapa de alumínio, de bom gosto, cruzando o painel e emendando com as portas. Porém, no mais luxuoso E 350, a peça é substituída pela eternamente brega imitação de madeira.

Flutuante
O G1 experimentou o novo Classe E, apenas na configuração E 250, por cerca de 300 km, entre São Paulo e Campos do Jordão (SP), e ao fim do test-drive uma prévia impressão se confirmou. A proposta e a entrega de Classe E, Série 5 e A6 são quase as mesmas, mas basta o proprietário querer leves doses de esportividade e excitação (dinâmica ou visual) a mais que Audi e BMW se tornam os grandes favoritos a serem estacionados na garagem -da mansão, é claro.

O Classe E é um sedã puro – talvez o mais puro de todos –, voltado para quem já trocou, há tempos, a vodca no agito da noite pelo uísque de 18 anos no sofá de couro em casa.

Enquanto Série 5 e A6 têm uma suspensão mais firme e uma direção mais arisca, o Classe E só pensa em conforto. O que não significa, felizmente, que afaste o condutor das reações do veículo. Pelo contrário: o pequeno mas eficiente motor 2.0 de 211 cavalos, o câmbio automático de sete marchas e o brilhante acerto de suspensão – que blinda os ocupantes das irregularidades do asfalto e faz o automóvel de 4,88 m de comprimento "flutuar" na estrada, à medida que a velocidade aumenta, imperceptivelmente – resultam em um carro prazeroso ao volante. É outro tipo de prazer em relação ao que Série 5 e A6 oferecem; nem mais ou menos intenso, apenas diferente.

Quanto ao motor, a história do 528i se repete: o quatro cilindros turbo põe em xeque a existência do seis cilindros aspirado que, a partir de agora (com o salto de potência do propulsor menor), fica exclusivo a quem deseja muito desempenho e faz questão de uma identidade sonora marcante – o ronco do E 250 nada tem de sedutor.

O consumo não deixa dúvidas: média de 11,1 km/l, que poderia ser melhor não fosse o intragável trânsito paulistano.

Menos espaço, mais luxo
Internamente, o nível de requinte percebido é sensivelmente mais alto do que no Série 5, que dá o troco com espaço levemente mais farto. Os materiais usados são de qualidade nos dois casos, mas no Mercedes a expressão do luxo é escancarada.

Depois de E 250, E 250 Coupé, E 350 e E 350 Cabriolet renovados, o próximo da família a desembarcar atualizado no Brasil, em setembro, é o E 63 AMG 4MATIC, o primeiro Classe E com tração integral.
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