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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Primeiras impressões: Volvo V40 R-Design

Foto: Divulgação

Primeiras impressões: Volvo V40 R-Design
Enquanto Audi, BMW e Mercedes praticamente emendam um lançamento no outro, a Volvo segue caminho contrário no segmento premium. A última investida da marca sueca no mercado nacional não é a importação de um novo modelo, mas a reconfiguração da já enxuta linha vendida por aqui. Na última quinta-feira (17), a Volvo ampliou a presença da estirpe R-Design no Brasil, que, a partir de agora, será a opção topo de linha também para o V40 – e a única para o S60, assim como já se fazia com a perua V60 desde seu lançamento, há um ano.


Veja abaixo todos os preços:

V40 T4 Dynamic: R$ 122.950
V40 T5 R-Design: R$ 138.950
S60 T5 R-Design: R$ 154.950
S60 T6 R-Design: R$ 205.950
V60 T5 R-Design: R$ 159.950
V60 T6 R-Design: R$ 209.950
XC60 2.0 T5 Dynamic: R$ 159.950
XC60 2.0 T5 R-Design: R$ 189.950
XC60 T6 Top: R$ 224.950
XC60 T6 R-Design: R$ 249.950

A principal diferença entre as denominações T5 e T6 está no conjunto mecânico: motor 2.0 turbo de 240 cavalos com câmbio automatizado de dupla embreagem e tração dianteira no primeiro caso, e bloco 3.0 turbo de seis cilindros em linha de 304 cv, acoplado a um câmbio automático convencional, e tração integral para a versão mais cara.

No caso dos modelos incrementados com o pacote R-Design, molas e amortecedores específicos reduzem a altura em relação ao solo em 15 mm, enquanto componentes como buchas, batentes e barras de torção e estabilizadoras priorizam um comportamento mais firme da suspensão. E ser um integrante da gama R-Design significa ter para-choques esportivos, difusor traseiro e rodas (de 18 ou 19 polegadas) e cores exclusivas – destaque para a belíssima Rebel Blue.

A Linha 2014 também estreia uma reestilização para os modelos XC60, S60 e V90, que tiveram a grade frontal alargada (que inclui o símbolo da marca ampliado e o friso cromado que antes a contornava eliminado) e as luzes diurnas transferidas para a extremidade do para-choque. Completam as mudanças lavadores do para-brisa camuflados sob o capô.

Equipamentos
Toda a linha passa a ser equipada com o painel inaugurado no V40, que pode ser configurado em três opções: as dispensáveis Elegance e Eco, desanimadoras visualmente e sem trazerem nada de fato relevante, e a interessante Performance, com o conta-giros envolvendo o velocímetro digital.

Outra novidade é o Sensus Connected Touch, sistema multimídia da marca sueca que permite aos usuários “navegar na internet, obter informação sobre o trânsito em tempo real, planejar rotas para evitar congestionamentos, acessar e-mail e agenda de compromissos, utilizar navegação em 3D, ouvir milhares de estações de rádio online, assistir a filmes no Youtube e acessar redes sociais, dentre outras funções, usando a conexão de internet 3G ou 4G de um modem ou celular”. Por esse opcional, paga-se R$ 7.190.

A fama de carros mais seguros do mundo se reforça com o novo detector de ciclistas, que se junta ao de pedestres, já conhecido. Há ainda faróis de xenon adaptativos, que cortam a luminosidade na passagem de carros no sentido contrário e também quando há veículos à frente.

Primeiras impressões
Além dos equipamentos que estreiam na linha 2014, a ampliação da gama R-Design mexe com a oferta de versões por aqui, eliminando todos os S60 sem o caráter esportivo, mas também estendendo a oferta do V40, modelo experimentado pelo G1 num teste-drive num circuito privado. Antes disponível apenas na versão T4, o hatch agora é vendido na configuração T5, exclusiva do pacote R-Design.

O motor é o mesmo 2.0 turbo de 5 cilindros, mas retrabalhado para saltar dos 180 cv para 210 cv, mantendo o torque em 30,6 kgfm. O resultado é um carro de acelerações vigorosas, embaladas por um ronco sensual e ímpar. No aproximar das curvas, o V40 R-Design mostra equilíbrio e freios poderosos. A transmissão automática é rápida tanto para avançar quanto para reduzir marchas, mas peca por não trazer paddle-shifts no volante. Seja lá qual for o motivo alegado pela Volvo, é uma falha injustificável num carro de R$ 138.950. Por outro lado, ainda há a opção de trocas na alavanca, modo bem mais esportivo e decente do que o deplorável botão ultimamente usado por Ford e GM.

O acabamento interno é caprichado, e a arquitetura interna apresenta soluções que saem do óbvio – como o console “vazado”, o que se converte em um dos méritos do carro. Boa oferta de espaço, lista de equipamentos recheada e posição de guiar exemplar levam à pergunta: por os modelos da Volvo não vendem mais?

E a fábrica?
A resposta talvez esteja na estratégia da empresa de Gotemburgo. Mercedes, BMW e Audi anunciaram recentemente investimentos em novas operações fabris – as duas primeiras construirão fábricas do chão, enquanto a segunda dividirá com a VW a planta já existente de São José dos Pinhais, retomando uma parceria iniciada no começo dos anos 2000 –, o que resultará em volumes de vendas duplicados ou até mesmo triplicados. O futuro que se projeta para as rivais é descartado pela Volvo: “as chances de termos uma fábrica são pequenas. Entendemos que o cliente tem disposição de pagar mais, e também não temos cacife para entrar na briga com os alemãs em segmento mais acessível”, explica Douglas Pontele, diretor Comercial da marca no país.

O executivo explica que boa parte dos recursos da chinesa Geely (atual proprietária da Volvo) está sendo aplicada em novas fábricas na China, reduzindo assim a chance de investimentos mais pesados no Brasil. Assim, só resta rezar para que o programa Inovar-Auto amplie o limite de cotas de importação sem IPI extra, hoje em 4.800 unidades.
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