Empresas que fazem blindagem de veículos divulgaram nesta sexta-feira (1º) que o serviço cresceu 11,5% nos primeiros 6 meses do ano, com 4.769 unidades, e a expectativa é que, até o fim de 2013, esse número chegue a 10 mil, superando o recorde do ano passado.
Segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), que reúne 31 empresas, cresceu a participação de estados do da Região Norte. São Paulo ainda tem 70% desse mercado, com o Rio de Janeiro em segundo lugar (12%), seguido por Pernambuco (4%), Amazonas (3%) e Pará (2%). Os 9% dos veículos blindados estão distribuídos entre Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, diz o balanço.
Para empresários do setor, o fator econômico também pesou para o crescimento do segmento. “A base de clientes cresceu na medida em que o poder aquisitivo do brasileiro também aumentou. O valor da blindagem, por sua vez, se manteve estável, o que trouxe mais carros para os pátios das blindadoras”, afirma o diretor de uma das empresas, Fábio Rovedo de Mello.
“Vale ressaltar que o cliente corporativo também tem importante participação nesse mercado. Muitas empresas multinacionais instaladas em nosso país impõem, já no contrato de admissão de seus executivos, o deslocamento em veículo blindado, o que contribui com o crescimento da frota blindada”, explica.
Perfil do usuário e carros mais blindados
A associação divulgou ainda o perfil do usuário de blindagem no primeiro semestre de 2013. Do total, 57,5% são homens, a maioria (23%) na faixa de 30 a 39 anos. Entre as mulheres, a média de idade é de 40 a 49 anos. Entre os usuários, 79% são executivos/empresários, 10% são artistas, 6% são juízes e 5% são políticos, afirma a Abrablin.
Os carros mais blindados no período foram, nesta ordem, o Volkswagen Tiguan, o Range Rover Evoque, da Land Rover, o Volkswagen Jetta, o Toyota Corolla, e o Range Rover Discovery, também da Land Rover.
A blindagem mais praticada é a de nível III-A, que suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum. Cabe ao Exército autorizar as empresas que prestam esse tipo de serviço.
