O comitê executivo da General Motors optou por não vender a divisão europeia Opel, após reunião nesta terça-feira (3) em Detroit, nos Estados Unidos. A reunião coloca fim a meses de negociações com a fabricante de autopeças canadense Magna, em grupo formado com o banco estatal russo Sberban. Segundo a GM, a decisão foi tomada devido à conjuntura "mais favorável" para a reestruturação da empresa.

Em comunicado, o executivo-chefe da GM, Fritz Henderson, disse que, em breve, apresentará um plano concreto ao governo alemão.

Até o fim da tarde desta terça-feira, sob os termos do acordo inicial com a Magna, a GM iria transferir a participação de 55% para o time russo-canadense e manter 35%. Os 10% restantes seriam dos trabalhadores da Opel. O governo da Alemanha expressou total apoio à oferta das duas empresas e concordou em fornecer US$ 4.5 bilhões (US$ 6,7 bilhões) em ajuda financeira.

A Magna chegou a planejar o corte de cerca de 10.500 postos de trabalho da Opel na Europa, com 4,5 mil na Alemanha. A GM na Europa emprega 54 mil trabalhadores em mais de 20 países e suas marcas também incluem Cadillac e Chevrolet.

Antes de a Generam Motors concentrar as negociações com a Magna, diversas empresas manifestaram interesse na compra do braço europeu da montadora norte-americana, entre elas, a Fiat, que assumiu recentemente a também americana Chrysler. Na época, o próprio comitê executivo da Opel foi contra a proposta da Fiat.