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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Presidente da Toyota diz que decisão de deixar a F-1 foi "dolorosa"

"Com base no ambiente econômico atual, percebemos que não tínhamos escolha a não ser sair", afirmou Akio Toyoda, presidente da empresa. "Foi uma decisão muito dolorosa."

Um dos três times de maior orçamento da F-1, a Toyota anunciou ontem sua saída da categoria, com efeito imediato.


"Com base no ambiente econômico atual, percebemos que não tínhamos escolha a não ser sair", afirmou Akio Toyoda, presidente da empresa. "Foi uma decisão muito dolorosa."

Maior montadora de automóveis do mundo, a empresa japonesa seguiu o caminho da Honda, que há 11 meses tomou a mesma medida --acabou vendida para Ross Brawn e ganhou o Mundial de Construtores e o de Pilotos, com Jenson Button.

O destino da Toyota, porém, não deve ser o mesmo de sua ex-rival. A sede da equipe na Europa, em Colônia, que abriga 650 funcionários, pertence à montadora --diferentemente do que ocorria com a Honda e a fábrica de Brackley--, impossibilitando uma eventual venda.

As duas, porém, não foram as únicas empresas japonesas a se desligarem das competições. Desde o ano passado, com a crise econômica global e a valorização do iene, várias montadoras tomaram a mesma atitude.

Suzuki e Subaru deixaram o Mundial de Rali, a Kawasaki abandonou a MotoGP, e a Mistubishi, o Rali Dacar. Segunda-feira, foi a vez de a Bridgestone anunciar o fim do fornecimento de pneus para a F-1 ao se encerrar a temporada de 2010.

"Desde que me tornei presidente, em junho, tenho tentado me concentrar em entregar produtos a nossos consumidores e é nisso que devemos focar nossos recursos agora", afirmou Toyoda, neto do fundador da Toyota. "Nos comprometemos com a F-1 no ano passado e fizemos nosso melhor na última temporada. Mas agora já não é mais viável permanecer."

Na categoria desde 2002, a equipe não venceu nenhuma corrida. Foram 139 GPs, três poles e 13 pódios. Neste ano, após começo promissor, terminou o campeonato em quinto lugar. Resultados que, segundo o presidente da empresa, não influenciaram na saída do time.

"Nossa decisão não seria diferente mesmo que nós tivéssemos vencido corridas", falou Toyoda durante a entrevista coletiva concedida em Tóquio, na qual Tadashi Yamashina, chefe da equipe de F-1, chorou.

"O fato de sermos incapazes de dar a nossos pilotos a chance de correr é muito triste", falou.
A saída da Toyota significa que no ano que vem a principal categoria do automobilismo terá apenas três equipes bancadas por montadoras em seu grid: a Ferrari (Fiat), a McLaren (Mercedes) e a Renault.

"Talvez seja o fim de uma década em que as montadoras dominaram a F-1 e, o que veremos na próxima, será um esporte que se assemelha muito ao dos anos 90", afirmou Adam Parr, chefe executivo da Williams, uma das cinco equipes independentes inscritas para competir na categoria em 2010.

Além de deixar o grid da F-1 pela primeira vez em oito anos sem nenhum construtor japonês, a desistência da Toyota pode significar um lugar para a Sauber (o que restou da BMW, que também anunciou sua despedida da categoria neste ano).

Vendida para um grupo de investidores árabes, a equipe ainda não tinha lugar no ano que vem, já que o grid da temporada que começa em 14 de março será composto por 13 times --chegarão os novatos Campos, Lotus, USF1 e Manor.
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