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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Notícias | Carros & Motos

Chefão da Renault diz que novo Clio será feito também na França

O chefão da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, comunicou ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, que a nova geração do compacto Clio terá sua fabricação compartilhada pelas unidades da montadora em Flins (França) e em Bursa (Turquia). A possibilidade inicial de toda a produção do carro ser transferida para a Turquia gerou uma crise na França, com sindicalistas temendo que empregos sejam cortados em Flins.


De acordo com o "Journal du Dimanche", o executivo não especificou quantos carros serão fabricados em cada linha de montagem. "Falar de volume hoje em dia não é muito realista", disse Ghosn à publicação, em sua edição deste domingo (17). O encontro do executivo com Sarkozy aconteceu no sábado.

A atual geração do Renault Clio na Europa

Ghosn não mencionou as fábricas que o grupo Renault-Nissan tem na Espanha e na Eslovênia, apesar de a direção da montadora ter dito, na semana passada, que poderia escolher uma ou as duas unidades para montar o modelo. Ghosn disse que a reunião com Sarkozy focou o futuro da Flins, "uma fábrica permanente para a Renault, na qual os empregos serão mantidos".

Segundo ele, a unidade francesa "será o único lugar de produção" do futuro veículo elétrico Zoe, continuará fabricando o Clio atual, e a partir de 2013 passará a produzir parte da quarta geração do Clio. No entanto, sindicalistas desconfiam dessa versão.

Fred Dijoux, representante da central sindical CFDT (Confédération Française Démocratique du Travail) junto à Renault, afirmou ao jornal "Libération" estar "quase convencido de que, em dois ou três anos, a totalidade do Clio 4 será feita em Bursa, e o emprego em Flins não estará garantido". Nessa unidade da Renault trabalham 2.900 assalariados.

O argumento de que o elétrico Zoe será fabricado em Flins não comove Dijoux. "Isso não será suficiente para manter os empregos", avalia o sindicalista.

A atual geração do Clio na França é posterior à que ainda é vendida no Brasil. De modelo praticamente único da Renault por aqui, o Clio viu morrer sua versão sedã, perdeu a opção de motor 1.6, e hoje só é encontrado na configuração Campus, voltada a compradores que procuram seu primeiro carro. É um dos resultados da aposta da Renault em modelos destinados a países emergentes, que são fabricados pela subsidiária Dacia, da Romênia -- como o Sandero e o Logan.
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