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Terça-feira, 02 de julho de 2024

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Laudo sobre eixo traseiro do Fiat Stilo deve ser divulgado em março

Foto: Reprodução G1

Laudo sobre eixo traseiro do Fiat Stilo deve ser divulgado em março
O novo recall anunciado pela Volkswagen devido à possibilidade da roda traseira se desprender levanta de novo a discussão sobre um suposto defeito já reportado no eixo traseiro do Fiat Stilo, que faria uma das rodas se soltar. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o laudo técnico feito pelo órgão - responsável por controlar e fiscalizar o padrão de segurança dos veículos no país - deve sair em março e ser encaminhado ao Ministério Público.


O processo foi instaurado em junho de 2008 pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão do Ministério da Justiça, que decide se há ou não a necessidade de um recall. De acordo com o Procon-SP, durante a investigação foram reportados cerca de 30 acidentes, entre 2007 e 2008, após o motorista perder uma das rodas de Stilos fabricados entre 2004 a 2008. Do total de acidentes, oito apresentaram indícios de defeito.

O que motivou a análise do DPDC foi um acidente em fevereiro de 2007. A vítima dirigia seu Stilo Sporting 2007 durante uma viagem com o marido e as três filhas pelo Nordeste do país. Segundo o relato do advogado da vítima, Eduardo de Albuquerque, a roda direita do eixo traseiro se soltou, o carro bateu em um barranco e tombou na pista. Uma das crianças teve fraturas no braço e sofreu traumatismo craniano. A pessoa envolvida não pode ser identificada devido a uma medida cautelar que a proíbe de falar sobre o caso até que ele seja concluído.

Por causa da gravidade do assunto, o Grupo de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo (GEPAC) ouviu os proprietários dos veículos, superintendências regionais da Polícia Rodoviária Federal, institutos de criminalística e delegacias de polícia e, em agosto de 2009, recomendou que o Denatran tomasse as providências e emitisse parecer sobre a existência ou não do defeito de fábrica no Fiat Stilo.

A vítima de 2007 mandou fazer um laudo particular sobre o acidente e, de acordo com o engenheiro mecânico que assina o documento, a roda se desprendeu antes da batida. “O rompimento do cubo de roda levou à quebra do rolamento”, afirma João Valentim Bin. “Isso é uma falha que não pode acontecer, é erro de projeto, assim como o anunciado pela Volkswagen.”

Soltura de roda é consequência, e não causa, diz Fiat

De acordo com o assessor técnico da Fiat, Carlos Henrique Ferreira, todos os laudos feitos pela fabricante ou solicitados a outros órgãos, como o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), apontaram que a soltura repentina da roda foi uma consequência do acidente e não a causa.

“A Fiat já repassou todas as informações para a investigação e todos os laudos estão anexados ao processo. Nossa posição hoje é aguardar a conclusão do Ministério Público sobre o caso”, afirma o assessor técnico da empresa. “Recall é uma atitude de respeito ao consumidor e caso essa seja a determinação do MP e do Denatran vamos agir o mais rápido possível para reparar os veículos.”

O G1 tentou falar com as entidades de proteção ao consumidor, mas elas informaram que não vão se pronunciar sobre o assunto enquanto o laudo do Denatran não for divulgado. Caso o órgão de trânsito conclua pelo defeito, o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) exigirá a imediata realização de recall e pode até processar a fabricante.
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