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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

Notícias | Carros & Motos

Presidente da Toyota decide ir ao Congresso dos EUA

O presidente da Toyota, Akio Toyoda, aceitou nesta sexta-feira (19) explicar ao Congresso dos Estados Unidos os problemas que levaram ao recall de mais de 8 milhões de veículos da marca.


Toyoda garantiu que vai responder "com total sinceridade" às perguntas da audiência da próxima quarta-feira (24), quando vai falar sobre os problemas que obrigaram a realizar recalls de milhões de seus veículos.

Toyoda tinha afirmado nesta mesma semana que não iria ao Congresso, e o chefe de vendas nos EUA compareceria em seu lugar.

Entretanto, nesta sexta mudou de ideia após receber um convite formal do titular do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara dos Representantes, Ed Towns.

Na audiência do dia 24, o Congresso americano examinará problemas de segurança em veículos da Toyota e a resposta do governo federal ao recall de milhões de unidades.

Em seu convite, Towns destacou a "crescente confusão" do público americano sobre a segurança dos veículos da Toyota, já que muitas pessoas não sabem o que fazer quando surge um problema. Por isso, insistiu para que Toyoda comparecesse para esclarecer a situação.

Está previsto que, nessa mesma audiência, também prestem depoimentos o presidente da Toyota Motor na América do Norte, Yoshimi Inaba, e o secretário de Transporte dos EUA, Ray LaHood.

A razão foi o convite formal enviado por Ed Towns, que pediu a Toyoda para que dê respostas diante da "crescente confusão" sobre a segurança de seus carros.

A audiência legislativa investigará a resposta da empresa japonesa a possíveis erros na aceleração de seus carros, aos quais se somaram recentemente dúvidas sobre o software do sistema de freios dos veículos híbridos e a direção do Corolla, o carro mais vendido do mundo.

No total, quase 8,5 milhões de carros da Toyota deverão passar por oficinas no mundo todo, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, entre eles o popular Camry e o Prius, carro híbrido líder de vendas no Japão.

O primeiro grande recall da Toyota aconteceu em novembro, mas, no final de janeiro, a crise explodiu com a paralisação da produção de oito modelos nos EUA e novos recalls de milhões de veículos em grande parte do mundo.

Desde que 2010 começou, os problemas não acabam para a montadora japonesa, especialmente na combativa opinião pública dos EUA, onde alguns veículos de imprensa calculam em 34 as vítimas fatais dos aceleradores defeituosos da Toyota.

"Estou contente em falar diretamente com o Congresso e com a população americana. Falarei com total sinceridade", disse Akio Toyoda, neto do fundador da Toyota.

Há dois dias, Toyoda havia se recusado a viajar para Washington e delegou a tarefa de comparecer ao Congresso ao responsável da montadora nos EUA.
Não é a primeira vez em que o executivo de 53 anos, presidente há sete meses, optou por passar para o segundo plano desde que a crise da Toyota explodiu, a maior em seus 70 anos de história.

Akio Toyoda demorou duas semanas para convocar sua primeira entrevista coletiva, no último dia 5, para pedir desculpas pelos problemas criados aos consumidores e defender que seus carros são seguros, o mesmo discurso que fará diante dos legisladores americanos.

O governo japonês se mostrou satisfeito com a decisão do presidente da Toyota de depor diante do Congresso dos EUA, onde a empresa, a maior do Japão, criou 200 mil empregos, como lembrou o ministro da Economia japonês, Masayuki Naoshima.

"Seja diante do Congresso ou em entrevista coletiva, o melhor é que Toyoda dê explicações ele mesmo à população americana e esclareça como lidaram com os problemas e como vai readquirir a confiança dos consumidores", declarou Naoshima.

A decisão de Toyoda de comparecer à audiência em Washington foi aplaudida pelo ministro de Transportes do Japão, Seiji Maehara, que destacou que a empresa, líder mundial do setor automotivo, deve "assumir sua responsabilidade" e explicar a situação de seus veículos.

Seiji Maehara, foi mais duro ao dizer que, embora seja "bom" que o presidente da Toyota tenha decidido comparecer à audiência do Congresso americano, não deveria ter hesitado no primeiro momento.

"É uma lástima que tenha havido esse giro de 180 graus. Espero que a Toyota responda com rapidez, atenção e responsabilidade", apontou Maehara.
Akio Toyoda, que fala inglês fluente, não decidiu por enquanto se utilizará esse idioma ou o japonês para falar no Congresso americano.

"Estou disposto a aceitar as críticas por nosso manejo da situação. Quero promover a compreensão de nossa posição entre os clientes e nos EUA", disse hoje a jornalistas na sede da companhia em Nagóia (Japão).
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