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Segunda-feira, 08 de julho de 2024

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C3 Solaris: vento e sol na cabeça

C3 Solaris: vento e sol na cabeça
O C3 Solaris é o tipo de série limitada que tem toda pinta de que sua boa aceitação o transformará em versão definitiva. É o que aconteceu com a VW Parati Surf e o Peugeot 206 Quiksilver (com o 207 deve acontecer a mesma coisa), que de meros figurantes foram promovidos para ao menos coadjuvantes em suas respectivas linhas. Além disso, o compacto da Citroën com teto solar possui também um interessante pacote de equipamentos e câmbio automático seqüencial de 4 marchas ao preço de R$ 48.310.


Em relação a versão Exclusive BVA, na qual é baseado o Solaris, não há alteração de preço comparado ao atual C3 top. Nessa opção de acabamento, o modelo com linhas arredondadas inspiradas no clássico 2CV vem com ar-condicionado automático digital, aparelho de som com comando satélite na coluna de direção, vidros e travas elétricas, rodas de liga leve aro 15”, airbag duplo frontal e sistema de freios com ABS e EBD. É um belo pacote.

O teto solar, o grande diferencial desse C3 (identificado também pelo desenho de um sol na traseira), convida o motorista a receber mais luz natural e uma brisa na cabine. O equipamento, fornecido pela empresa alemã Webasto, tem acionamento elétrico e duas posições memorizadas já estabelecidas. Porém, quando totalmente aberto, o vão não é dos melhores. Ele mede somente 62,5 cm de largura e 22 cm de comprimento. Mesmo assim é o suficiente para ventilar o interior como uma alternativa ao ar-condicionado, que sorve ainda mais combustível do motor (como gasta esse motor, já falamos dele).

Visto de fora, a peça aberta lembra um flap de avião. Tetos solares que se abrem por dentro da capota são mais harmoniosos visualmente, mas com isso se perde em espaço para a cabeça dos ocupantes que vão no banco traseiro.

O interior do C3 é o que as mulheres costumam chamar de “gracinha” (elas adoram o C3, isso é inegável). Os bancos dianteiros possuem encostos individuais para os braços e são confortáveis, desde que os ocupantes não sejam muito altos. Se for, quem viaja atrás vai com as pernas espremidas, pois o espaço não é dos melhores. O acabamento, no geral, utiliza bons materiais, porém, como a maioria dos compactos franceses à venda no Brasil, os comandos dos vidros elétricos vão no meio do console. No C3 há ainda o agravante dos botões ficarem bem abaixo do alcance das mãos.

A instrumentação, como manda a etiqueta Citroën, é diferente. O velocímetro é digital, com números em fonte garrafal, e o conta-giros é uma seta que corre por cima do indicar eletrônico de velocidade. Já os mostradores de temperatura do motor e nível do tanque de combustível são representados por barrinhas luminosas. Mas o anseio em ser exclusivo acaba sendo um problema nos comandos do aparelho de som, que ficam na parte central do painel, mas o visor é acima. É um pouco confuso. Ainda bem que o Solaris possui comando satélite na ponta da haste que aciona os limpadores de vidro. Facilita e muito a tarefa.

Como bebe esse francês

O C3 Solaris vem cheio de equipamentos, entre eles a transmissão automática sequencial de 4 marchas que vai associada ao motor 1.6 16V flex. De acordo com a marca dos chevrons, o bloco gera 113 cv a 5.600 rpm e 15,8 kgfm de torque com álcool, enquanto a gasolina lhe proporciona 110 cv e 14,5 kgfm nas mesmas faixas de giro. São números bons para um carro com um propulsor dessa cilindrada, mas o câmbio, ainda que seja um projeto da Porsche (nesse eles não acertaram), tem funcionamento razoável.

Andando a velocidades médias de 80 km/h, o câmbio insiste em rodar na terceira marcha. Isso faz o motor girar acima de 3.000 rpm e o consumo vai para o espaço. Com ar-condicionado ligado, o modelo marcou em regime urbano 6,5 km/l com gasolina e 5 km/l cravado no álcool. Bebe bem. Como base de comparação, um Chrysler 300C 5.7 V8 de 365 cv aferido pela CARRO em 2008 rodou 4,6 km/l com gasolina na cidade.

Mas quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra. A maioria dos carros à venda no Brasil com motores 1.6 têm médias de consumo similares em trânsito urbano às registradas pelo compacto francês. A diferença não é nada excepcional. No entanto, nem todos possuem uma lista de equipamentos tão generosa por um preço não tão abusivo.
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