A Secretaria Especial da Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop), órgão responsável pela fiscalização e remoção de veículos abandonados, já removeu 53 unidades que foram deixadas nas ruas, devido à forte chuva que atinge a cidade, desde o início da noite de segunda-feira (5).
O ponto com maior remoção de veículos é a Praça da Bandeira, com 29 veículos. Outras 14 unidades foram retiradas Tijuca 14 e 10 no entorno da Central do Brasil. A ação visa desobstruir as vias públicas para que as equipes de resgate possam realizar seus trabalhos.
De acordo com a Seop, como os veículos não comentaram infrações, as unidades não são rebocadas, mas removidas para um local próximo de onde foram encontradas e depois devem ser procuradas pelo próprio motorista. Em caso de dúvidas, o órgão disponibiliza o telefone (21) 3293-1700.
A frota de reboques continuará atuando em outros pontos do Rio de Janeiro em que há veículos abandonados.
Seguro em caso de enchente
Desde 2004, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza as operações de seguro, determinou que todos os planos básicos – com cobertura contra colisão, incêndio e roubo – se responsabilizem também por submersão total ou parcial do veículo em água doce, inclusive se ele estiver guardado no subsolo.
No caso de veículos que possuam seguro, o segurado deve comunicar imediatamente seu corretor de seguros ou a Central 24 horas de atendimento da empresa, solicitando um guincho para levar o veículo a um local seguro.
De acordo com a Porto Seguro, o segurado poderá levar o veículo à oficina de sua preferência, mas não deve autorizar o conserto antes da liberação da seguradora. A liberação será feita por um técnico da empresa, que avaliará se o veículo pode ser recuperado ou se houve perda total que é decretada quando os danos superaram 70% o valor do carro.
“Quando a água fica abaixo do painel, às vezes é passível de recuperação, mas quando o motor é afetado, se aproxima de uma perda total, quando o prejuízo supera 75% do valor segurado”, explica Marcelo Sebastião, diretor do produto auto da Porto Seguro. De acordo com Sebastião, o proprietário só corre o risco de ficar a ver navios, se for caracterizado por laudos técnicos que houve agravamento de riscos. “Mas isso é difícil acontecer”, diz.
Para quem não tem seguro, uma má notícia: os órgãos públicos não se responsabilizam pelo prejuízo. Neste caso, o jeito é torcer para que o veículo tenha salvação e se preparar para desembolsar de R$ 2 mil a R$ 3 mil com consertos e higienizações, no caso de um carro popular.
Nestes casos, a recomendação é trocar os óleos do motor, transmissão e diferencial do veículo, limpar a parte externa do radiador, verificar o filtro de ar, checar se há água nos faróis e limpar o sistema de freios, além de efetuar a higienização da parte interna do carro - lavagem de bancos, carpete e forrações para evitar o mau cheiro.
Se a manutenção envolver todas as partes do carro, prepare o bolso. A chuva resultará num prejuízo de R$ 8 mil a R$ 10 mil em veículos pequenos. Nesses casos, o trabalho engloba a parte mecânica, elétrica, funilaria e limpeza e o carro poderá ficar até dois meses na oficina.