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Segunda-feira, 08 de julho de 2024

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Peugeot Hoggar chega forte em dirigibilidade e capacidade de carga

Foto: Reprodução G1

Peugeot Hoggar chega forte em dirigibilidade e capacidade de carga
Convencer a matriz francesa de que a Peugeot precisava investir em uma picape compacta - a primeira em 110 anos de história da marca como fabricante de automóveis - não foi um grande desafio. Como o presidente da Peugeot do Brasil, Guillaume Couzy, diz, tudo o que se refere ao Brasil é visto com bons olhos pela companhia. Isso porque o mercado continua em forte crescimento e a expansão do segmento de comerciais leves, ao qual a picape pertence, deverá ser forte nos próximos quatro anos. Assim nasce o Hoggar, fruto de investimento de R$ 100 milhões para iniciar a renovação da imagem da Peugeot no mercado brasileiro.


“Não é um carro para grandes volumes, mas é uma tendência da indústria e a estratégia para este segmento tem grande importância”, destaca Couzy.

Somente em 2009, foram vendidas mais de 534 mil unidades de comerciais leves no país, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A picape francesa não tem a cara bonitinha da Chevrolet Montana e muito menos o apelo comercial da Fiat Strada - que é oferecida, inclusive com cabine dupla - mas chega forte em dois quesitos: dirigibilidade e capacidade de carga. Foram nesses dois pontos que a Peugeot se concentrou para lançar um produto competitivo, cujos preços estão na média da concorrência, ao se considerar os itens de série de cada versão.

A mais básica, a X-Line, 1.4 custa a partir de R$ 31,4 mil. Já a intermediária, a XR 1.4, sai por R$ 35.350, enquanto a top de linha, a Escapade 1.6, tem preço sugerido a partir de R$ 43,5 mil.

O G1 avaliou por um percurso de 200 km o desempenho da versão intermediária, a XR 1.4, que deverá corresponder a 60% das vendas, de acordo com a fabricante. Entre os itens de série deste acabamento estão faróis dianteiros com máscara negra, duas barras longitudinais no contorno da cabine, pneus de uso misto e relógio digital no painel.

Ao considerar as duas principais características do modelo, os engenheiros atingiram a meta. A posição de dirigir é confortável, o amplo para-brisa e os quatro vidros laterais possibilitam visão frontal melhor do que a das concorrentes Montana, Strada, Volkswagen Saveiro e Ford Courier. A altura da caçamba e o tamanho do vidro traseiro também ajudam o motorista a ter noção exata das dimensões do carro.

Aliás, o desenho da caçamba foi muito bem trabalhado. Como as caixas de roda não invadem o assoalho, ela pode comportar até 742 kg de carga útil ou 1.151 litros, o maior volume da categoria. A Strada, líder de mercado, comporta 800 litros.

Detalhe do interior do Peugeot Hoggar (Foto: Divulgação)Outro aspecto positivo é a suspensão, herdada do utilitário Partner - cuja nova geração chegará às concessionárias no país em junho. A suspensão aguenta bem os impactos de lombadas, emendas na pista, vias de paralelepípedo e buracos.

O câmbio com encaixes macios também colabora para uma dirigibilidade melhor.

O amplo espaço interno acomoda bem os dois ocupantes. O vão entre os bancos e caçamba é suficiente para acomodar até quatro malas de porte pequeno, sem atrapalhar a visibilidade.

Internamente, o único item que destoa desta linha de conforto é o acionador dos vidros elétricos, instalado no console entre os dois bancos. Quem está acostumado com o dispositivo nas portas ou no console central fica “catando milho” por um tempo até se acostumar com o posicionamento do botão.

Apesar de ser feito todo em plástico - um ponto fraco -, o painel não faz ruídos e o isolamento da cabine protege condutor e passageiro de sons externos. O único ruído que a Peugeot não conseguiu esconder foi o do motor.

O propulsor 1.4 8V de 80 cavalos (gasolina) ou 82 cv (álcool) a 5.250 rpm falta quando o acelerador exige enfrentar ladeiras mais íngremes. Com ou sem ar-condicionado ligado é preciso apelar para a segunda marcha e pisar fundo para manter a velocidade. Por outro lado, a picape se comporta muito bem em arrancadas e ultrapassagens, com respostas rápidas. O torque máximo é de 12,85 mkgf a 3.250 rpm.

O maior pecado do carro é a falta de sistema de freio ABS (que evita derrapagens) e de airbag, este último disponível apenas na versão Escapade.

A falta de itens de segurança tão importantes - nem como opcionais - é justificada por Guillaume Couzy por se tratar da primeira fase do carro. Segundo ele, os engenheiros da Peugeot vão começar a trabalhar sobre o ABS para a segunda fase do modelo. Até porque o item será obrigatório a partir de 2014.

Design
Como os concorrentes do Hoggar são bons de briga, a Peugeot optou por um design que fique entre o gosto aventureiro e o conservador. A meta é conquistar 10% das vendas no segmento (a expectativa inicial é vender 11 mil unidades neste ano de estreia). Assim, a frente do 207 e a traseira mais quadrada, com diferencial nas barras instaladas no alto da cabine e os detalhes na tampa da caçamba, podem torcer o nariz dos fãs da Strada e da Montana, mas devem chamar a atenção do público da Saveiro e Courier, esta com o design já ultrapassado.

No conjunto, a aspirante francesa consegue se posicionar e trazer força ao segmento, mesmo com uma ousada e inédita tática para a marca. Agora é esperar o próximo jogador que entrará nesta disputa: a picape do Chevrolet Agile. A briga é de gente grande.
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