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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Torre Eiffel já foi chamada de "chaminé de fábrica cinzenta"

Símbolo máximo de Paris e um dos mais famosos monumentos do mundo, a torre Eiffel é visitada anualmente por cerca de seis milhões de pessoas. Inaugurada em 1889 pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, a Torre não aspirava a todo esse sucesso: foi construída como um monumento temporário para a Exposição Universal de 1889 e seria demolida 20 anos mais tarde.


Hoje, 31 de março de 2009, a "Senhora de Ferro", com seus 324m de altura em ferro forjado, completa 120 anos. Símbolo da era industrial, gerou muita polêmica entre os próprios parisienses e chegou a ser chamada de "chaminé de fábrica cinzenta", segundo o guia "Rough Guide Directions - O Melhor de Paris" (Publifolha, 2007).

Leia abaixo trecho do guia que mostra como aproveitar ao máximo a torre e as principais atrações dos arredores, como o Museu Rodin e a Igreja dos Soldados.


TORRE EIFFEL E ARREDORES

A atmosfera da Rive Gauche se transforma entre St- Germain e a Torre Eiffel. Desaparecem as pequenas butiques, os bares e os bistrôs-restaurantes, e em seu lugar entram elegantes mansões aristocráticas e magníficos monumentos públicos. A Torre Eiffel domina toda a área, seu tamanho descomunal adequando-se ao imenso gramado do Champs de Mars, um arco com 109 m formado pela Pont Alexandre III e os imponentes edifícios militares Les Invalides e a Ecole Militaire. Além do tamanho, tem muito a oferecer: ao pé da torre há um pequeno oásis de lojas, cafés e restaurantes ao redor do mercado da rue Cler.

Torre Eiffel

Difícil imaginar que a Torre Eiffel, o maior símbolo de Paris e da engenharia industrial, tenha sido projetada como estrutura temporária de uma feira, a Exposition Universelle de 1889. A torre de 300 m era, então, a construção mais alta do mundo. Críticos furiosos protestaram contra aquela "chaminé de fábrica cinzenta", mas o próprio senhor Eiffel (obviamente) achava-a bela em sua pura eficiência estrutural. Ele escreveu: "Até certo ponto, a torre foi esculpida pelo vento".

A menos que você chegue antes dos horários de abertura, ou vá em um dia nublado ou chuvoso, fatalmente encontrará fila para a plataforma dos elevadores e novamente para descer. Contudo, qualquer sacrifício valerá a pena, não só pela vista, mas pela pura emoção de se ver dentro da estrutura. A vista é geralmente mais nítida do segundo andar, mas é praticamente irresistível tomar o elevador até o ponto mais alto (procure chegar bem antes das 22h30, quando o acesso aos elevadores fecha; lembre- se também de que as escadas para o segundo andar fecham às 18h (set-meados jun). Paris fica maravilhosamente microscópica lá de cima, os bulevares como cânions arborizados e os parques e cemitérios como verdadeiros oásis verdejantes. Quanto à cor, a torre nada tem de especial, mas a iluminação não poderia ser mais espetacular. A lâmpada de longo alcance que originalmente coroava o topo foi restaurada, e de hora em hora (anoitecer-2h, no inverno até 1h), por dez minutos, milhares de pequenas lâmpadas se acendem e começam a piscar, deixando a estrutura completamente iluminada.

Musée du Quai Branly

Não muito distante da torre, e de frente para o Palais de Tokyo na outra margem do rio, está o novo e extravagante Musée Du Quai Branly, que reflete a paixão pessoal do presidente Jacques Chirac pela arte não-europeia e o seu desejo de deixar um marco duradouro no seu turbulento mandato. O museu reúne a melhor coleção da França de arte não-europeia - também chamadas de arts primitifs ou arts premiers - sob uma obra arquitetônica extremamente vistosa. O design futurista do arquiteto Jean Nouvel de um edifício curvo e envidraçado sobre palafitas por si só vale a visita. Deixando de lado a discutível política de não incluir a arte ocidental, os objetos propriamente ditos são fascinantes e belos, e o museu consegue, até certo ponto, deixar claros os seus contextos culturais e, com mais freqüência, rituais. Quatro áreas independentes são dedicadas à Ásia, África, Américas e Oceania.

Le Égouts

A nordeste do movimentado cruzamento da place de la Résistance fica a entrada de uma das atrações mais inusitadas: a pequena parte visitável dos esgotos (les égouts). Lá embaixo é escuro, úmido e há um barulho constante de água correndo, mas as crianças se desapontarão quando descobrirem que não cheira mal. A principal parte da visita é ao longo de uma passarela sobre o esgoto principal, que exibe fotos, lâmpadas, ferramentas dos trabalhadores e antigos destroços e detritos que transformam a história do fornecimento de água e do sistema de esgotos em algo fascinante. O que a visita não mostra é que o trabalho não termina. Umas 30 vezes por ano parte do sistema fica inundado pela água da chuva e os trabalhadores precisam jogar os excessos - o lixo e tudo o mais - diretamente no rio Sena.

Rue Cler e arredores

Seguindo um pouco além rio acima, a Igreja Americana no quai d'Orsay, ao lado do American College, na avenue Bosquet 31, centraliza a bem-organizada vida da grande comunidade norte-americana em Paris, onde há um quadro de avisos repleto de ofertas de acomodações e empregos.

Um pouco mais para o sul, e contrastando radicalmente com a maior parte do bairro, há um enclave tranqüilo e atraente de ruelas do início do século 19, entre a avenue Bosquet e Lês Invalides. No meio delas destaca-se a rue Cler, cujas lojas de alimentação funcionam como uma espécie de mercado permanente. As ruas transversais Grenelle e St-Dominique são repletas de lojinhas de bairro, bistrôs elegantes e pequenos hotéis.

Les Invalides

Não é possível ignorar a imponente fachada do Hôtel des Invalides, coroada por um resplandecente domo dourado. Foi construído por ordem de Luís XIV para receber os soldados feridos, e parte do prédio ainda é usada como abrigo de doentes mentais. O resto abriga o túmulo de Napoleão, na Eglise du Dôme, e uma seqüência de museus. Os mais interessantes serão detalhados a seguir.

Musée de l'Armée

O setor mais fascinante deste imenso museu do exército nacional é dedicado à Segunda Guerra Mundial. As batalhas, a resistência e a lenta libertação são documentadas através de uma memorabilia de guerra exposta com muita criatividade em combinação com extensos videoteipes contemporâneos, muitos deles também em inglês. Você sairá dali chocado, emocionado e com a clara sensação de que o general de Gaulle foi pessoalmente responsável pela libertação da França. A bonita coleção de armaduras medievais e renascentistas na ala oeste do pátio real vale a pena ser admirada, mas o centro do museu, dedicado à história do exército francês de Luís XIV até os anos 1870, está fechado para restauração pelo menos até 2008.

Musée des Plans-Reliefs

Embaixo do mesmo teto da ala leste, o Musée dês Plans-Reliefs exibe uma extraordinária coleção de maquetes gigantescas de portos franceses e cidades fortificadas, todas elas construídas nos séculos 17 e 18 para auxiliar o planejamento militar. Causa calafrios o longo átrio em forma de túnel iluminado apenas pelo fantasmagórico reflexo verde das paisagens.

Eglise des Soldats

A altiva "Igreja dos Soldados" é o centro espiritual do exército francês. Sua austera simplicidade contrasta radicalmente com a luxuosa Eglise du Dôme, que está do outro lado de uma divisória de vidro - um design inovador que permitiu que os fiéis compartilhassem o mesmo altar sem correr o risco de ter contato social. Nas paredes estão pendurados quase cem estandartes de inimigos capturados em campos de batalha, parte de uma coleção de quase 3 mil que um dia adornaram Notre-Dame.

Túmulo de Napoleão

Alguns consideram a Eglise du Dome suntuosa, outros a julgam muito pomposa. De qualquer maneira é, sem dúvida, exagerada. A antiga Eglise Royale é hoje um monumento a Napoleão. No centro dela, cravado no chão, está o megalomaníaco túmulo de Napoleão, o gigantesco sarcófago de pórfiro vermelho, encerrado em uma galeria ornamentada com citações de conceitos espantosos mas amplamente aceitos. Quando Napoleão foi enterrado, num dia gelado de 1840, meio milhão parisienses veio assistir à sua última jornada. Victor Hugo comentou: "É como se toda a Paris fosse despejada de um lado da cidade, como o líquido que escorre de um recipiente".

Musée Rodin

O cativante Musée Rodin ocupa a mansão do século 18 em que o escultor morreu, em novembro de 1917. As versões de bronze de grandes projetos como Os burgueses de Calais, O pensador e A porta do inferno estão expostas no jardim, enquanto o interior do museu abriga trabalhos menores cuja energia bruta é compensada pelos elegantes painéis de madeira da mansão, seus espelhos envelhecidos e os lustres. O museu geralmente fica lotado de visitantes ansiosos por ver trabalhos famosos como A mão de Deus e O beijo, mas vale mais a pena percorrer lentamente os trabalhos impressionistas de barro e gesso, pequenos estudos da vida feitos pelas próprias mãos de Rodin - depois que concluiu esse aprendizado, Rodin nunca mais pegou num cinzel, adotando a prática comum entre os artistas do século 19 de delegar aos assistentes a tarefa de fazer as versões de pedra e bronze. No piso térreo há uma sala dedicada a Camille Claudel, discípula, modelo e amante de Rodin - procure a escultura A idade da maturidade, que simboliza o rompimento definitivo de Camille com Rodin.
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