O Brasil espera aumentar em 304% a entrada de divisas estrangeiras no país e chegar aos US$ 17,6 bilhões até 2020 graças à realização da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016, no Rio de Janeiro.

Esta é a principal meta marcada pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) por meio do Plano Aquarela 2020, apresentado ontem (16), que define as estratégias para o turismo internacional no Brasil durante a próxima década.

Impulsionado pelos grandes eventos esportivos que serão realizados nos próximos anos, o país espera receber 11,1 milhões de turistas até 2020, especialmente nos anos da Copa e dos Jogos Olímpicos.

Mais especificamente, em 2014 o objetivo é aumentar em 500 mil o número de visitantes no Brasil, enquanto em 2016 a meta é de um aumento de 15% de turistas em comparação com o ano anterior.

No total, estes números significam um aumento de 113% do volume de visitantes estrangeiros no país entre 2010 e 2020.

Outra meta do Plano Aquarela 2020, segundo seus responsáveis, é o de consolidar o Brasil como líder do turismo sul-americano, com uma parcela de 27% no conjunto do continente.

Para a Embratur, tudo isto será possível graças à realização dos dois eventos que vão situar a imagem e as infraestruturas do Brasil "em outra escala".

"O Brasil não quer ser mais considerado um destino exótico, mas o destino moderno que é", explicou a presidente da Embratur, Jeanine Pires.

Segundo Jeanine, o exemplo que o Brasil quer seguir sobre os Jogos Olímpicos é o da Austrália, que, "a partir desse evento, entrou em outra dimensão turística".

A presidente da Embratur lembrou, além disso, que desde a criação do Ministério do Turismo, em 2003, o número de visitantes já aumentou 135%, por isso, considera viáveis as metas marcadas para a próxima década.

No ato, foi apresentado também o logotipo e a marca que começarão a ser usados para promover o país no exterior a partir de julho de 2010, mês em que terminará a Copa do Mundo na África do Sul e em que Brasil poderá iniciar oficialmente suas atividades de divulgação turística segundo as regras da Fifa.

No entanto, durante a realização do torneio no país africano, o Brasil já contará com espaços para exposição e relações com a imprensa e o público.

Mas além da Copa e dos Jogos Olímpicos, a presidente da Embratur destacou a realização de outros eventos de caráter internacional, que situaram o Brasil como o sétimo país que maior número de eventos deste tipo acolheu em 2008.

Jeanine pediu a continuidade dos trabalhos nesta linha e ressaltou a importância de contar com um planejamento no longo prazo para poder maximizar os benefícios que os grandes eventos podem trazer ao país.