O número de cruzeiros marítimos aumentou este ano no litoral Sul Fluminense, mas, se isso é bom para o turismo e a economia, causa preocupação aos ambientalistas.

O representante do Comitê de Defesa da Ilha Grande e morador do lugar, Nelson Palma, diz que o grande número de turistas deixa mais evidente a falta de infra-estrutura. “Precisa fazer um estudo de impacto ambiental, capacidade de carga, se podemos receber essa quantidade de navios ou não”.

Os visitantes que chegam nos cruzeiros são responsáveis pelo aquecimento da economia na Ilha Grande, mesmo antes do início do verão. No entanto, o tamanho das embarcações é motivo de preocupação.

“O lançamento de resíduos sólidos voluntários ou não, no ambiente marinho, a questão de vazamento de óleo. Tudo isso preocupa essa atividade”, explicou o ambientalista Ivan Marcelo.

O interesse pela Ilha Grande aumentou nos últimos anos. Bata ver os números da Turisangra: em 2008, 50 navios levaram 86 mil turistas, em 2009, a previsão é de 100 embarcações e 200 mil turistas.

O presidente da fundação de turismo encaminhou uma carta à associação que reúne as empresas do setor. No documento, a importância dos cruzeiros para o turismo da cidade é reforçada, mas também foi salientada a necessidade de definir limites.

O chefe do Ibama José Augusto Morelli diz que acompanha o caso com preocupação: “O que nos chama atenção e é importante que se reflita nesse momento é a necessidade urgente de se traçar um plano que contemple o turismo, a questão ambiental e a questão sócio-econômica da baía da Ilha Grande”, alertou.