Este não foi exatamente o melhor ano para o turismo brasileiro que registrou poucas viagens em janeiro e fevereiro, em plenas férias de verão. Por causa da crise econômica, que estourou no fim de 2008, ninguém queria gastar.

As agências apostaram então nos pacotes para as férias de julho, mas em seguida veio a nova gripe e muita gente que tinha comprado passagem cancelou a viagem. “No inverno, você não sabia como a coisa ia ser, melhor ficar em casa, por causa de criança pequena e tal”, diz o engenheiro, Alexander Bueno dos Santos.

Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), as vendas de pacotes turísticos no primeiro semestre de 2009 despencaram 30% em relação ao mesmo período de 2008. Junho e julho foram os piores meses, com queda de mais de 50%.

Mas com a ajuda do dólar "barato", no quarto trimestre deste ano, as vendas se recuperaram e superaram em 20% as do mesmo período do ano passado. “Eu acho que as pessoas que não conseguiram viajar no passado, não sabiam se voltariam e teriam um emprego e como pagar a viagem. Agora eles relaxaram e estão aproveitando”, diz Goiaci Alves Guimarães, vice-presidente da Abav de São Paulo.

E com a procura acima do esperado, muitos destinos para as festas de fim de ano esgotaram logo. “Quem está procurando de última hora já não acha lugar para alguns destinos como Estados Unidos, Caribe e México”, diz a agente de turismo. Jaqueline Dallal Milahil.

Onde ainda tem lugar, as tarifas agora estão mais caras. Edmar desistiu de Cancun e decidiu, há duas semanas, que ia passar o reveillon no nordeste. “Se eu tivesse feito uma programação eu teria gastado uns 25 a 30% menos do que eu gastei agora.”