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Sábado, 20 de julho de 2024

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Corregedoria da PF em São Paulo é favorável a inquérito contra Tuma Jr

Em fevereiro deste ano, parecer da Corregedoria da Polícia Federal em São Paulo foi favorável a abertura de inquérito para investigar a ligação do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o chinês Li Kwok Kwen. Conhecido como Paulo Li, ele é acusado de contrabando pelo Ministério Público Federal.


Segundo a PF, Tuma não fazia parte dos investigados nem teve seu telefone grampeado. "No entanto, durante o monitoramento dos investigados, foram registrados frequentes diálogos telefônicos entre estes e o secretário nacional de Justiça", afirma a instituição em nota.

A polícia informa que após a prisão do chinês em setembro de 2008, Tuma procurou a PF para prestar declarações sobre sua relação com ele. "O termo de declarações não foi juntado ao inquérito da operação Wei Jin por não ter relação direta com os fatos apurados naquele procedimento", afirma a nota da PF.

A instituição diz que os indícios contra Tuma Júnior estão em segredo de Justiça. "Dessa forma, a Polícia Federal depende de autorização judicial para uso do material visando à instauração de inquérito policial específico para apurar a prática, em tese, de crime contra a Administração Pública."

Ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu investigar a conduta do secretário, levando o governo a pressioná-lo a deixar o cargo.

Segundo a reportagem da Folha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera que Tuma Jr. peça ao menos uma licença até que o caso seja esclarecido.

Um auxiliar do presidente disse que a situação do secretário está ficando "difícil" e que o ideal seria ele deixar o governo por conta própria, evitando a saída mais traumática que seria sua demissão.

Na avaliação de Lula, Tuma Jr. não cometeu crime, "não pegou dinheiro de ninguém", mas suas conversas com o chinês Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, acusado de contrabando, são inadequadas para o cargo que ele ocupa. Além de secretário, ele preside o Conselho Nacional de Combate à Pirataria.

Investigação da PF mostra que há suspeitas de que Tuma Jr. ajudou Paulo Li a regularizar a situação de imigrantes ilegais e interveio para liberar mercadoria apreendida. Nas gravações, Tuma Jr. trata da compra de um celular e de videogame. Li foi assessor de Tuma Jr. quando ele era deputado estadual.
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