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Sábado, 20 de julho de 2024

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Governo de Sarney espionou oposição após fim da ditadura

Documentos preservados pelo Arquivo Nacional apontam que o governo do ex-presidente José Sarney (1985-1990) espionou opositores e os principais focos de críticas na sociedade civil. Os dossiês foram produzidos pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), criado após o golpe militar de 1964 e mantido pelo atual presidente do Senado durante sua gestão. Entre as práticas do órgão estão a interceptação de cartas, a infiltração de agentes e a produção de listas com o nome e endereço das principais lideranças da oposição. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Os documentos estiveram em sigilo por 25 anos. Os principais investigados pelo governo eram entidades de trabalhadores rurais sem terra, especialmente o MST, religiosos da Teologia da Libertação, sindicatos, setores da mídia e partidos de esquerda, como o PT. O SNI acompanhou a "primeira reunião da executiva nacional" do partido, em 11 de dezembro de 1988. A reunião era fechada, com cerca de 30 pessoas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu. O SNI possuía fichas de todos os líderes do PT. O dossiê da reunião afirma que os petistas atacaram a inflação e os baixos salários e que Lula defendeu a antecipação das eleições. "O centro da crise é Sarney", teria dito Lula.
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