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Sábado, 20 de julho de 2024

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Marina: "não há rompimento com a atual política social"

A pré-candidata à presidência da República, Marina Silva (PV), afirmou nesta quarta-feira (3), durante entrevista coletiva em que foram apresentadas as propostas de implementação de programas sociais de terceira geração do Partido Verde, que a ideia é fazer uma integração de todos os programas já existentes. "Não há rompimento com a atual política social", disse a pré-candidata.


Ao lado de Marina, estavam seu vice, Guilherme Leal, e o economista e pesquisador do Ipea Ricardo Paes de Barros, que lidera a formulação do tema no programa de governo do PV. O projeto conta com a criação de um agente de desenvolvimento responsável por atender individualmente cada família e, assim, destiná-las aos programas sociais mais adequados as suas necessidades. "A ideia é usar o canal de comunicaçao do Bolsa Família e do Cadastro Único para criar uma cesta de oportunidades customizada", disse Ricardo.

Segundo Barros, será, em média, um agente para cada 50 famílias e eles farão esse acompanhamento por um tempo determinado. Depois, caberá a cada núcleo familiar gerir "sua própria política social". As bases da reformulação estão fundamentadas em três passos: separar a oferta de serviços sociais da demanda, integrar o Cadastro Único e criar o agente familiar. Baseado no projeto chileno "Chile Solidário", a integração proposta pelo PV quer promover uma junção de programas como o Bolsa Família e o rural Territórios da Cidadania. "Esse programa é um avanço em relação ao que tinha antes (...) É um coach, é um personal trainer", afirmou Barros.

Questionado sobre a similaridade com o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), Ricardo disse que a ideia é fazer o mesmo, porém de forma funcional. "Na verdade, temos vários agentes que visitam famílias (...) queremos ter resolutividade com esses agentes".

Ricardo mencionou também a questão do custo, que, segundo ele, será muito mais de gestão e de esforço político do que propriamente monetário. "Não serão custos astronômicos (...) podemos dizer que não é nada fora do padrão". Além disso, Marina Silva acrescentou que os funcionários do Estado que já trabalham nessa área serão utilizados. "Seria uma adicionalidade muito pequena em termos de pessoas", afirmou. "Parte dessa atenção às familias pode ser feita com instituições do terceiro setor, não apenas funcionários do Estado", adicionou Ricardo.

Quanto às contrapartidas que deverão ser cumpridas pelas famílias, o partido ainda não tem uma proposta definitiva. Ricardo Paes de Barros afirmou que a sociedade poderá ser consultada sobre essas condições. "Condicionalidades serão defenidas bem mais tarde", afirmou.
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