Mesmo sob a pressão do DEM, de reivindicar a vaga de vice na chapa encabeçada por José Serra (PSDB), o coordenador da campanha tucana e presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, afirmou, nesta quarta-feira (16), que a decisão será de Serra. "Eles (DEM) podem indicar quem quiserem, mas quem vai escolher é o candidato a presidente". A declaração foi dada após um encontro entre Guerra e lideranças do DEM e mostra que os tucanos não estão dispostos a ceder facilmente.
Questionado se a vaga estaria reservada para o PP, Sérgio Guerra explicou que a intenção principal dos tucanos é evitar que os progressistas declarem apoio oficial à candidatura de Dilma Rousseff (PT). "Eles não entram em nossa aliança. Estamos insistindo que eles não entrem em aliança nenhuma, que não tenham (apoiem) candidato a presidente", afirmou.
Nos bastidores, alguns aliados de José Serra acreditavam que a demora na escolha do vice na chapa estaria atrelada ao apoio do PP. Havia a possibilidade de oferecer a vaga de vice ao senador e presidente nacional dos progressistas, Francisco Dornelles. No entanto, a declaração de Sérgio Guerra desmente as especulações.
Pernambuco
Sobre o quadro eleitoral em Pernambuco, Sérgio Guerra disse que Jarbas Vasconcelos (PMDB) vai escolher "quem ele quiser" para compor a chapa de oposição no Estado. O peemedebista continua com uma vaga de pré-candidato ao Senado aberta, a espera de uma indicação tucana. "Ele vai escolher e quem resolve é ele. Não falei com Jarbas ainda, mas estou esperando uma notícia", disse.
Os aliados da aliança em prol da pré-candidatura de Jarbas ao governo, formada por PMDB, PSDB, DEM, PPS e PMN, criticaram reservadamente Sérgio Guerra, pois creditam a ele a morosidade nas articulações para a escolha de um tucano a fim de integrar a chapa majoritária. O tucano também teria "liberado" os prefeitos do partido para votarem em quem quiserem para o governo.