O candidato do DEM ao governo da Bahia, Paulo Souto, propôs que as ocorrências registradas pela população possam ser acompanhadas por meio da Internet - a vítima de uma ação criminosa poderia acompanhar as investigações a partir de um número de protocolo. Esta seria uma forma de haver controle social sobre o trabalho realizado pela polícia.
Dados recentes mostram que dos 1773 homicídios ocorridos em Salvador em 2009, apenas 254 (14,6%) foram elucidados. De fevereiro a 7 de junho - não foram divulgados números de janeiro - foram elucidados apenas 4,6% dos 630 homicídios na capital baiana.
Dentre as candidaturas postas na oposição ao governador Jaques Wagner (PT), o candidato do Democratas Paulo Souto foi o primeiro a lançar sua proposta de segurança pública. "Embora muitas pessoas estejam sem esperança, eu quero dizer que o problema da segurança pública na Bahia tem solução", disse o democrata, que anunciou nesta terça-feira (22) os cinco principais planos de seu projeto.
Para conter o tráfico de drogas, ele menciona ações nos intitulados "plano emergencial de prevenção à criminalidade" e no "plano de repressão ao crime organizado". Souto propôs a criação de Agência Especial de Inteligência que atuaria junto ao Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (MP). Ele ainda prevê, na execução do "plano emergencial de preservação da vida", ações para apaziguar os locais mais violentos no Estado. Para isso, anunciou a criação de um sistema que chamará "Mapa do Crime na Bahia".
Juventude
O plano emergencial de prevenção da criminalidade tem os jovens como principal foco de ação. Souto propôs a criação de uma rede permanente de proteção, reunindo assistência social, polícias civil e militar, além das estruturas das escolas, da saúde e as varas da infância e adolescência. "O objetivo é evitar a conduta criminosa por meio da informação, da educação e de medidas de proteção e cautelares", explicou o candidato ao governo pelo DEM.
O candidato ainda propôs um plano de intensificação do policiamento nas ruas, através de videomonitoramento dos principais centros urbanos na Bahia. Ele disse que retomará também a política de policiamento através de módulos fixos, o que foi descartado pelo atual governo.
