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Sábado, 20 de julho de 2024

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Racha interno aproxima peemedebistas de Dilma no MS

Com fim da verticalização nas eleições neste ano, partidos e militantes farão uma mistura na hora de definir seu voto em Mato Grosso do Sul. O racha interno do PMDB pode afastar parte dos militantes do candidato tucano, José Serra, e aproximá-los da candidata petista Dilma Roussef, que tem como vice o deputado peemedebista Michel Temer.


Apesar da declaração de apoio do governador André Puccinelli (PMDB) ao presidenciável tucano José Serra, parte do partido já declarou a participação na candidatura da ex-ministra petista Dilma Roussef.

O prefeito de Campo Grande, maior colégio eleitoral do Estado, Nelsinho Trad Filho (PMDB), confrontou a decisão do diretório regional que apóia Serra e declarou oficialmente o apoio a Dilma.

"Tenho mantido contato com ela (Dilma). Apoio ela por duas razões: uma, por finalidade e ao apoio ao Lula, assim como eu e 78% da população que a aprovam; e outra, por convicção que Dilma vai dar continuidade a esse projeto municipalista brasileiro", explica o prefeito.

Sobre a divisão do PMDB, Nelsinho comentou que o partido é democrático. "Estamos num país democrático e essa opção acontece de forma natural, tem gente do PMDB que é Serra, outros Dilma ou Marina, como em todos os partidos. Chegará um momento em que todos peemedebistas que apoiarão Dilma irão declarar isso", finaliza o prefeito de Campo Grande.

A decisão do prefeito da capital deve ser seguida pelo vice Edil Albuquerque (PDMB), que é suplente de Murilo Zauith (DEM) na disputa ao Senado. "Eu sou vice do Nelsinho, e sempre declarei que vou no que ele decidir. Nós estamos muito gratos pela atenção que o governo federal está dando à Campo Grande".

Segundo o senador Valter Pereira (PMDB), o apoio a Dilma é a diretriz nacional, e deve ser seguida.

"Eu fiz um pronunciamento recentemente no Senado manifestando a minha disposição de seguir as diretrizes nacionais, que dizem que devo apoiar a candidatura da Dilma. Aqui no Estado, o governador declarou apoio e está enganjado na candidatura do Serra, trabalhandoo junto com PSDB, com quem é coligado regionalmente. Mas ele não levou todos os prefeitos, alguns estão indecisos e outros, como o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), já manifestaram seu apoio à Dilma", revela o peemedebista responsável pela articulação pró-Dilma em MS.

Com um discurso na tribuna do Senado, Walter rompeu publicamente com o governador André Puccinelli e não deverá subir no palanque para apoiá-lo.

Na coordenação da campanha tucana em Mato Grosso do Sul, a senadora Marisa Serrano (PSDB) contabiliza 12 siglas em apoio a José Serra no Estado e diz que "dilmistas" do PMDB deverão ficar neutros no fim das contas.

"Dos 16 partidos que iriam apoiar o André Puccinelli, apenas quatro não vão de Serra. O Nelsinho vai acabar ficando neutro nisso. Antonieta Trad (esposa do Nelsinho Trad) ,que é candidata a suplência de Waldemir Moka ao Senado, e todo o PMDB vão apoiar Serra", afirma a senadora tucana.

Dilma e Marina
Durante a o lançamento da candidatura petista, o ex-governador e candidato Zeca do PT, que tem como vice Tatiana Azambuja (PV), disse que irá pedir votos para Dilma e Marina.

"Aqui vamos pedir voto para as duas mulheres candidatas à presidência. Dilma vai vir ao Estado e vai pedir votos para Zeca e Tatiana. Marina também vem ao Estado e vai subir no nosso palanque", afirmou o candidato petista.

Retrospecto
Na disputa presidencial em Mato Grosso do Sul há um empate entre os principais partidos, com uma vitória para o PT e outra para o PSDB. Em 2002, Lula (PT) venceu José Serra (PSDB) por 110.743 votos de diferença. Já em 2006 o candidato tucano, Geraldo Alckmin venceu Lula por 119.525 votos.
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