O Conselho Político da campanha de Dilma Rousseff (PT) definiu, nesta segunda-feira, a estratégia da candidatura presidencial para os 15 Estados em que terá palanque duplo. "Houve uma resolução partidária de que todos os candidatos a governador que apoiam Dilma vão ser considerados como parte desse coletivo. Não vai ter privilégio", informa o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

Os partidos da base de Dilma se reuniram na tarde desta segunda-feira (12), na sede do comitê central, em Brasília. Vice na chapa, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), passou rapidamente no prédio e convidou o presidente petista para o jantar na casa do deputado Eunício Oliveira, nesta terça.

Na conversa vespertina, decidiu-se ainda criar uma coordenação operacional, que se reunirá no início da semana. Cada legenda vai indicar um membro, com dedicação exclusiva para a campanha. No primeiro encontro, será criada a comissão do programa de governo - outra vez, uma cadeira para cada partido. "Vamos dar um prazo para que a comissão pegue as diversas propostas dos partidos e sistematize para apresentarmos o programa até 10 de agosto", relata Dutra.

Uma primeira versão preliminar, com pontos polêmicos aprovados no Congresso do PT, foi apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e horas depois substituída por uma versão mais amena.

A briga dos aliados nos Estados tangenciou a reunião do conselho, mas José Eduardo Dutra apresenta a lógica do combate: "Espera-se que não fiquem batendo no adversário na frente de Dilma", estabeleceu o petista, aos risos. Coordenador político da campanha, Dutra afirma que a agenda da candidata será dirigida aos Estados do Sul e Sudeste até o início do horário eleitoral gratuito, em 17 de agosto.