Olhar Direto

Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Política BR

investigações

Acesso a dados fiscais de tucano ocorreu fora de Brasília, diz Receita

Acesso a dados fiscais de tucano ocorreu fora de Brasília, diz Receita
O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, disse em audiência nesta quarta (14) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado que o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, não ocorreu em Brasília.


Ele afirmou que a investigação interna da Receita para apurar responsabilidades no caso se dá em cima de “cinco ou seis acessos” aos dados do tucano. Segundo Cartaxo, os acessos investigados não aconteceram em Brasília. “Foi em outra unidade da federação, não foi em Brasília”, disse Cartaxo.

De acordo com o secretário, não houve invasão ao sistema da Receita. Segundo ele, já foram identificados acessos feitos por “alguns servidores” aos dados sigilosos de Eduardo Jorge.

O que a investigação em andamento na corregedoria do órgão vai verificar, segundo Cartaxo, é se os acessos tinham algum motivo funcional ou não. Em caso de não haver motivo, o servidor poderá ser demitido, segundo Cartaxo.

Ele também disse que foi aberta outra investigação na corregedoria para investigar vazamento de dados fiscais sigilosos da empresa Natura. Um dos sócios da empresa é Guilherme Leal (PV), candidato a vice na chapa de Marina Silva (PV).

Tucano cobra conclusão

Eduardo Jorge, que acompanhou a audiência, cobrou nesta da Receita a conclusão antes das eleições do resultado da investigação. “Espero que se conclua a tempo de a população julgar se está havendo utilização da Receita. Se isso é feito no ambiente eleitoral e o propósito é eleitoral, tem que dar resultado da investigação nesse prazo”, afirmou Eduardo Jorge.

O secretário da Receita Federal informou que o processo interno da Receita de investigação do vazamento de dados de Eduardo Jorge teve início no dia 21 de junho e tem prazo de 120 dias. Se a apuração só terminar no final do prazo, o resultado só sairá depois do primeiro turno das eleições (3 de outubro).

O vice-presidente tucano destacou ter sido investigado três vezes nos últimos dez anos pela Receita Federal sem que se tenha encontrado qualquer irregularidade. Afirmou ainda não ter sido incluído na malha fina nos últimos anos. Isso, na visão dele, leva a crer que os acessos aos seus dados fiscais foram feitos de forma ilegal.

Ele afirma, inclusive, que isso já aconteceu outras vezes. Eduardo Jorge diz não ter esperanças sobre a investigação conduzida pela Receita. “Meu sigilo já foi quebrado duas vezes e a corregedoria não fez nada. Vou esperar, mas não tenho esperança”, declarou. Ele relata ainda ter pedido cópia da investigação e não ter recebido os dados.

Eduardo Jorge atribui a “certos setores do PT” a violação de seu sigilo fiscal. Ele afirmou ainda que o depoimento de Cartaxo mostra que a Receita está “embromando” e “tentando encobrir”.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet