Mudança em Código Florestal é retrocesso, diz Marina Silva Anistia com código florestal pode chegar a R$ 10 bilhões, diz ministra O deputado Aldo Rebelo (PCdoB), relator da Comissão Especial do Código Florestal, criticou nesta quarta-feira (14) o empresário e vice de Marina, Guilherme Leal, por suposto desmatamento ilegal. “Do desmatamento ilegal, na República não escapa ninguém”, disse após evento em São Paulo.
Rebelo fez a afirmação ao afirmar que o projeto de reforma do código beneficiaria agricultores considerados hoje em situação irregular. Ao ser questionado se a afirmação era direcionada ao vice do PV, ele confirmou e amenizou a consideração. “Acredito na boa-fé dele e de milhões de agricultores que estão na mesma situação”, disse. A assessoria de imprensa do PV divulgou nota na qual o empresário contesta as denúncias de que Guilherme Leal seja responsável por desmatamento ilegal em uma de suas propriedades na Bahia.
Marina disse que não conhecia a declaração de Aldo e questionou a forma como o parlamentar usou a informação. “O que o deputado não pode fazer é usar isso com justificativa para o estelionato ambiental que estão querendo fazer com a reforma do Código Florestal”.
Plenária
Tanto o deputado quanto a senadora participaram hoje de plenária nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) em São Paulo. A presença deles exigiu que os assessores do sindicato e de Marina evitassem uma saia-justa em um possível encontro.
Rebelo foi designado pelo comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) como representante da petista no evento. Nos bastidores, representantes da UGT manobraram para evitar o encontro. Aldo foi o primeiro a chegar e negou qualquer constrangimento em relação a um eventual encontro.
A reportagem do G1 ouviu de um assessor da UGT que Marina aguardava a saída de Rebelo para evitar a “saia-justa” do encontro. “Marina é uma pessoa muito séria. Mas ideias são ideias”, disse o deputado. Segundo Rebelo, Dilma não compareceu por problemas de agenda. Marina negou que tenha evitado o encontro com Aldo durante a plenária.
Veja nota do PV sobre o suposto desmatamento
"O candidato à Vice-Presidência pelo PV, Guilherme Leal, informa que são absolutamente improcedentes as afirmações veiculadas sobre uma área no sul da Bahia. Diferentemente do noticiado, a área de Guilherme Leal entre Serra Grande e Itacaré, no sul baiano, tem 80 hectares, dos quais apenas 4 hectares foram ocupados.
A obra recebeu todas as licenças e autorizações dos órgãos competentes. Em nenhum momento Guilherme Leal foi acusado por qualquer órgão fiscalizador de crime ambiental. Em um procedimento de praxe, o Ibama solicitou informações sobre a obra que está em execução na propriedade.
Guilherme Leal está aberto a qualquer esclarecimento que for solicitado pelas autoridades e atribui essas falsas denúncias a objetivos político-eleitorais. Guilherme Leal está preservando, e não desmatando, a citada área."
