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Sábado, 20 de julho de 2024

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Eleição na Bahia tem novo duelo entre PT e DEM

A eleição para o governo da Bahia tem três candidatos principais, mas o duelo se dá entre o atual governador Jaques Wagner (PT), líder das pesquisas, e seu antecessor, Paulo Souto (DEM), antigos rivais da política baiana.


O deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) corre por fora, em um racha da aliança nacional que levará a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), aos palanques do peemedebista e do petista.

Depois de iniciada oficialmente a campanha eleitoral, na semana passada, os principais candidatos ainda não esquentaram suas agendas. Estão se preparando para a fase final, que ganhará ainda mais relevância após o início do horário eleitoral gratuito, no dia 17 de agosto.

As sondagens mais recentes mantiveram o quadro registrado desde o final de 2009. Pesquisa realizada pelo Vox Populi mostrou o governador Jaques Wagner (PT) à frente com 41 por cento, seguido pelo ex-governador Paulo Souto (DEM), que registra 32 por cento e, bem mais afastado, o deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) com 9 por cento.

Há 16 anos, nas eleições de 1994, o ex-governador Paulo Souto foi eleito pela primeira vez com 58,64% dos votos válidos. Em 2002, ele disputou novamente o cargo, derrotando com 52% o candidato petista Jaques Wagner, que ficou com 38%.

Já nas eleições de 2006, Wagner saiu vencedor. Apesar de as pesquisas da época indicarem uma vitória do seu adversário e predecessor no cargo (Paulo Souto), o petista venceu com 52,89% dos votos válidos marcando o primeiro governador do PT na Bahia.

A vitória de Wagner foi apontada por analistas como tendo colocado um ponto final na forte influência do ex-governador Antônio Carlos Magalhães (PFL) na estrutura do governo da Bahia, no movimento conhecido como carlismo.

Wagner tem como arma o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja aprovação em todo o Nordeste chega aos 87 por cento, e o aliança com a candidata à sua sucessão, Dilma Rousseff (PT).

Como governador, tem realizado ações nas áreas de segurança e saúde ¿como a entrega de centenas de veículos para reforçar o policiamento, a assinatura do contrato de concessão para administração do Hospital do Subúrbio (previsto para começar a funcionar em setembro próximo), além de reformas hospitalares em cidades como Santo Estevão e Ilhéus.

A violência, no entanto, tem crescido em algumas áreas. Segundo os registros de ocorrências policiais da Secretaria de Segurança Pública, o número de homicídios em Salvador aumentou 47% no ano passado se comparado com 2007 - primeiro ano do governo Wagner. A quantidade de estupros passou de 273 para 386, representando um crescimento de 41 por cento. Já o índice de assaltos a ônibus diminuiu 28%.

Mesmo com as pesquisas a seu favor, o petista Wagner reconhece que há muita coisa para acontecer até o dia do tira-teima. "Em 2006 brincaram com a eleição, achando que o então candidato à reeleição (Souto) tinha vitória assegurada no primeiro turno", disse o governador à Reuters.

Ele tem boas expectativas em relação a uma possível reeleição, mas que vai continuar seu trabalho. "Vamos continuar na mesma toada, percorrendo toda a Bahia para mostrar ao eleitor as profundas transformações que estão sendo feitas na vida dos baianos. Principalmente na resolução dos problemas que deviam ter sido atacados há décadas", disse.

Souto também se diz otimista. "Durante todo o período que o governo contou com todos os elementos institucionais, a minha candidatura se manteve, ultrapassando o período mais difícil."

O democrata tem como vantagem algumas ações realizadas em seus mandatos anteriores como o programa Bahia Azul, que aumentou de 25% para 80% a cobertura da rede de esgoto residencial de Salvador, além do foco turístico que consolidou a Bahia como importante economia no país.

Apontando pontos fracos da atual gestão, Souto classificou a Bahia como um Estado inseguro e vulnerável, onde será preciso restaurar serviços públicos essenciais. "Além do crescimento constante no índice de violência, há a fragilidade no sistema de atendimento à saúde", disse.

PTXPMDB

Diante da força de seus adversários e dos números apresentados nas pesquisas, o deputado federal e ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), disse não dar importância às sondagens de opinião. "O jogo começa agora. Antes era só o preparatório", afirmou.

Geddel pode estar atrás nas sondagens de intenções de votos, mas quando o assunto é previsão de gastos para a eleição, ele é o líder. De acordo com o registro de sua candidatura, o peemedebista pretende gastar 30 milhões de reais. Wagner prevê usar 26 milhões de reais e Souto espera gastar 20 milhões de reais.

Além da grande coligação, com 11 partidos, que o apoia, o peemedebista tem conseguido atrair um número razoável de prefeitos e lideranças municipais. O planejamento da campanha de Geddel gira em torno do esforço de ultrapassar Souto e se aproximar o máximo possível de Wagner para garantir sua presença no segundo turno.

Em relação à divisão na Bahia na aliança nacional entre PT e PMDB, Wagner vê o apoio de Dilma às duas candidaturas com naturalidade. "Ela e sua coordenação de campanha estão à vontade para definir de que maneira participarão da campanha no Estado", disse Wagner.

Geddel afirmou que não busca carinho ou apreço da ex-ministra. "Queremos que a Bahia seja ouvida, independente de quem seja o que mais recebe carinho", afirmou o peemedebista, durante a convenção estadual.
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