O PRB, partido do vice-presidente José Alencar, continua dependendo do Tribunal Regional Eleitoral de Minas para saber de que lado da disputa estadual ficará. Enquanto não se oficializa a situação - atualmente o PRB está inscrito tanto na coligação "Todos juntos por Minas" quanto na chapa "Somos Minas Gerais" - os candidatos a cargos parlamentares da sigla vivem uma situação inusitada. De acordo com o TRE mineiro, como a situação está "sub júdice", eles podem fazer propaganda impressa tanto como se estivessem coligados de um lado ou de outro.

No entanto, assim que o tribunal bater o martelo sobre o futuro do PRB na disputa, só vai valer o material que estiver de acordo com a decisão judicial. O resto terá, então, que ter a veiculação imediatamente suspensa.

De acordo com o ex-presidente estadual do partido, Rogério Colombini, a situação só vai se desenrolar quando o tribunal mineiro der a "última forma" no assunto.

Intervenção
O imbróglio envolvendo a sigla começou no dia 27 de junho, quando o PRB decidiu, em convenção, que ficaria com a candidatura ao governo do tucano Antonio Anastasia. Para tanto, sairia coligado na disputa a deputado federal na chapa encabeçada pelo PSDB. Já para a corrida à Assembleia Legislativa mineira, formaria chapa com o PPS. No entanto, a direção nacional do PRB baixou uma norma obrigando a sigla a apoiar o candidato rival de Anastasia, Hélio Costa (PMDB).

Com o impasse, duas coligações foram registradas no TRE de Minas - uma com os tucanos, já oficializada na convenção, e outra com PMDB-PT-PCdoB. De acordo com as regras da disputa eleitoral, a Justiça tem até o dia 5 de agosto para decidir qual das duas situações irá prevalecer. Colombini, que pediu desfiliação do PRB por não concordar com a intervenção nacional, lamenta o que chama de "passo em falso" da Executiva do partido.

A assessoria do TRE informa que se a própria sigla chegar a um consenso e escolher de qual lado ficar, o problema ainda poderá ser sanado sem julgamento da Corte Eleitoral.