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Sábado, 20 de julho de 2024

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TRE do Rio libera "Peitão" como nome de candidato

Entre comentários sobre glúteos e flatulências, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) liberou, nesta quinta-feira (22), o uso de "Peitão" como apelido do candidato a deputado estadual Daniel Gomes de Oliveira (PDT), negando pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) para indeferir seu nome de urna, mantendo, porém, sua candidatura.


A procuradora eleitoral Silvana Batini queria deixar "Peitão" de fora da identificação eleitoral de Daniel por considerá-lo um sobrenome inadequado. No entanto, o relator, Luiz Márcio Pereira, negou o pedido com base no apelido do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, dando início a uma série de piadas escatológicas no plenário do TRE.

"Se negasse o registro do nome Daniel Peitão, também precisaria impedir que o vice-governador concorra com o nome de Pezão", fundamentou Pereira.

O presidente do TRE-RJ, desembargador Nametala Jorge, concordou, supondo que "não se trata de por seios, mas provavelmente de algo comum no interior, quando o sujeito é um cara másculo... Peitão", descreveu, fazendo pose de fisiculturista. "Se fosse o caso de glúteos grandes, acho que caberia indeferir o nome (referindo-se ao apelido correspondente), mas não é", acrescentou, sendo complementado por outro comentário do relator.

"Ou se o nome dele tivesse um D em vez de T", concluiu, impedindo os presentes na sessão de conter os risos.

Apelido vem de bronquite
Ao contrário do que supôs o presidente do TRE-RJ, o apelido "Peitão" não vem da força de Daniel, mas de uma fraqueza que o acometeu da infância aos "20 e poucos anos": a bronquite, que frequentemente o fazia estufar-se além da conta para conseguir respirar.

Para vencer as limitações da doença, "Peitão" conta que recorreu da vacina Diprospan a simpatias, como beber pele de rã batida no liquidificador, e respirar uma mistura de areia lavada com sal grosso e fumaça de carvão. À exceção da vacina, nenhum dos outros métodos tem comprovação científica, mas o candidato afirma que foi a soma de cada um que o curou.

"Tudo isso faz parte do tratamento", conta ele, que hoje, aos 34 anos, diz trabalhar como guardador autônomo. Seu registro, entretanto, o aponta como professor e instrutor de formação profissional. "No caso do carvão, espera ele queimar, põe em cima uma peneira com a areia e o sal grosso e respira e mistura", descreve.

Peitão foi criado em Senador Camará e hoje mora em Campo Grande, ambos na Zona Oeste do Rio. Ele já se candidatou a vereador em 2008, pelo PT, obtendo 367 votos, ficando à frente de companheiros como Eduardo José é Jóia, P-Hnerique Bradoque e Leleck.

"O meu objetivo é vencer", garante ele, afirmando que negocia para fazer dobradinha com um candidato a federal do PDT e que "meu problema (a bronquite) é que me fez querer ser candidato, para melhorar as condições (da saúde pública). Não vou abrir mão do meu apelido de infância".
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