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Sábado, 20 de julho de 2024

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'Reformas são faladas, mas nunca priorizadas', disse Marina

A candidata do PV à Presidência da Pepública, Marina Silva, criticou nesta terça-feira (3), em entrevista à Rádio Central de Campinas, o discurso dos adversários a respeito das reformas. "Reformas são faladas, mas nunca priorizadas, nem nos 8 anos de Fernando Henrique Cardoso nem nos 8 anos de Luiz Inácio Lula da Silva", disse


"Reformas não foram feitas e agora ambos pedem mais quatro anos dizendo que agora sim vai ser possível fazer. Vamos trabalhar para que reformas sejam prorizadas", disse Marina, criticando indiretamente os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Em relação ao aumento do salário mínimo, Marina afirmou que é preciso levera em conta a questão das finanças públicas. " A previdência está comprometida em 12% do PIB do país. Tanto aposentados quanto quem ganha salário mínimo precisam de um sistema de reajuste que favoreça uma vida digna. Mas não pode comprometer as finanças do país".

"Quando se pensa no aumento das aposentadorias, que são justas, ou do salário mínimo, não se pode separar dos problemas que já temos em relação aos gastos do governo. Vamos ter que priorizar gastos e evitar o desperdício. Boa parte dos recursos são drenados pela corrupção e pela ineficiência do poder público, que não valoriza o tributo o que é cobrado de cada cidadão", afirmou Marina.

Sobre a Lei de Resíduos Sólidos, aprovada nesta segunda-feira (2) pelo Congresso, Marina disse que foi articulada durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente. " A lei é fundamental para o tratamento adequado dos residuos no Brasil. Temos 25 mil crianças que vivem em lixões, temos 60% do lixo lançado nos lixões, a maioria das cidades não tem aterro sanitário".

A Lei estabelece consórcios das prefeituras, apoio às cooperativas de reciclagem e logística e prevê responsabilidade compartilhada entre população, poder público e as empresas no que se refere aos resíduos perigosos. "Agora será obrigatório para as empresas fazer recolhimento de pilhas, baterias e outros resíduos perigosos", disse Marina.

Durante a entrevista, Marina defendeu uma reforma para a segurança pública. "Estamos colocando em risco a vida da população, comprometendo o futuro das crianças e jovens, destruído pelas drogas, pelo crack. É fundamental uma ação enérgica entre governo federal, governos estaduais e a sociedade para debelar tráfico de drogas e armas".

Marina voltou a defender uma remuneração justa para os policiais. "Não se pode admitir que São Paulo e Rio paguem os piores salários para os policiais. Sem essa reforma, qualquer coisa que fizermos é como colocar remendo de seda em roupa velha. Não basta ficar um culpando o outro. É fundamental que cada um assuma a sua responsabilidade e dê resposta para proteger a vida da população e dos policiais, que na maioria das vezes precisa fazer bico para sobreviver".
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