O portal cidadeverde.com realizou nesta terça-feira (10) com os candidatos ao governo do Piauí o primeiro debate com transmissão exclusiva pela internet. Durante duas horas e meia, Sílvio Mendes (PSDB) e Wilson Martins (PSB), atual governador do Estado, trocaram alfinetadas e discutiram problemas do Estado. Os dois candidatos elogiaram a iniciativa e destacaram o pioneirismo da idéia de fazer um debate pela internet.

As regras do debate incluiam entre os habilitados a participar somente os candidatos que obtivessem ao menos 5% das intenções de voto. Mendes, Martins e João Vicente Claudino (PTB) foram convidados, mas o petebista desistiu um dia antes alegando problemas na agenda para participar.

Os participantes aproveitaram para delinear as diferenças entre suas propostas no debate. Ao longo de quatro blocos com perguntas dos próprios internautas sobre as regiões do Estado, eles apresentaram propostas e criticaram-se mutamente.

Um dos momentos quentes do debate foi quando se tratou da divisão do Piauí atendendo a projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. Sílvio Mendes comentou que o abandono do governo motiva as pessoas a apoiarem a ideia, mas não demonstrou apoio pessoal. "É preciso consultar a população. Por princípio prefiro manter a união, mas se a população reclama é preciso avaliar a separação", comentou. Wilson Martins ironizou o tucano. "Preste atenção na indecisão de Sílvio Mendes. O candidato Wilson Martins é favorável a divisão porque ganha o sul e ganha o norte", disse.

Outro tema sensível aos candidatos foi o rompimento da barragem Algodões, que aconteceu em 2009 no norte do Estado, causando a morte de nove pessoas. Mendes questionou Martins sobre a ajuda do Estado às vítimas. "Me orgulho deste governo que está trabalhando pelo desenvolvimento. Lamentamos as mortes, mas a prova da organização é que estamos reconstruindo casas que estão prontas para serem entregues", comentou.

"Cerca de 580 famílias foram prejudicadas por um defeito de projeto e passam fome porque os alimentos são insuficientes. Infelizmente é assim que o governo trata as pessoas mais humildes", criticou Sílvio Mendes.