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Sábado, 20 de julho de 2024

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DF: adversários fazem mira no passado "ficha suja" de Roriz

O debate promovido pela Band Brasília na noite desta quinta-feira (12) entre os quatro principais candidatos ao governo do Distrito Federal deverá marcar a experiência do líder na pesquisas, Joaquim Roriz (PSC), que tenta o quinto mandato à frente do Palácio do Buriti, contra a proposta de "renovação" do petista Agnelo Queiroz, ex-ministro do governo Lula que conseguiu formar coligação pela primeira vez na história da capital com o PMDB local, aliado histórico rorizista.


Na primeira eleição após o escândalo do mensalão do DEM no DF, em que o então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) foi apontado como o coordenador de um suposto esquema de distribuição de propina a parlamentares da base aliada, a toada do debate deverá ser pautada pela importância de se renovarem os dirigentes do Executivo local. Ainda que seja apontado por setores do Ministério Público como o "embrião" do esquema de corrupção, Roriz aposta no slogan "esperança renovada" para ser eleito mais uma vez como gestor local.

O passado do ex-governador, alvo de inúmeros processos, deverá ainda ser o ponto comum na estratégia tanto de Queiroz quanto dos outros convidados para a mesa de propostas, Toninho do PSOL e Eduardo Brandão (PV). Joaquim Roriz teve o registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) por se enquadrar nas regras de inelegibilidade previstas na Lei da Ficha Limpa.

Um dos casos de inelegibilidade previstos na Lei da Ficha Limpa é a renúncia ao mandato para escapar de processo de cassação. No caso de Roriz, ele abdicou de sua cadeira como senador em 2007 após ter seu nome vinculado a uma transação de R$ 2,2 milhões que ele atribuiu à compra e venda de uma bezerra.

O confronto Roriz-Agnelo - os dois principais postulantes do governo do DF - será o primeiro desde que o petista perdeu a corrida para o Senado na última eleição exatamente para o ex-governador, que teve o mandato abreviado pelo escândalo da compra da bezerra.

Aos militantes, pela internet, o petista Agnelo Queiroz disse ter como diferencial um passado "ficha limpa" e prometeu apresentar "um novo caminho em debate". Também convocou seus simpatizantes a acompanharem o confronto de hoje entre os candidatos e armou até uma "concentração" em um bar de Brasília com decoração esquerdista e reduto do PT na capital.

Médico, Agnelo se propõe ainda a questionar a qualidade dos serviços públicos de saúde, mas pode enfrentar contestações sobre sua nomeação política como diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) logo após ter perdido a disputa ao Senado para Roriz.

Nanicos
O Psol, por sua vez, quer se apresentar ao eleitorado como "referência ética" diante de Roriz e de Agnelo. "Tenho que me diferenciar principalmente pela ficha limpa. Queremos que os demais candidatos expliquem as coligações partidárias, que os partidos e políticos expliquem a Operação Caixa de Pandora. O eleitor não pode comprar gato por lebre. Que eles expliquem que personagens e lideranças compõem essas coligações. Essa será a nossa intervenção central e básica nesse debate", afirmou ao Terra Toninho do PSOL. A operação da Polícia Federal citada pelo candidato é a que investiga o suposto esquema de corrupção no governo do DF.

Representante da primeira candidatura solo do PV ao governo do DF, Eduardo Brandão buscará no debater reduzir o "anonimato" de sua candidatura e se oferecer, segundo sua assessoria, como "alternativa à situação que está há mais de 20 anos dominando Brasília". Ex-Subsecretário de Meio Ambiente na gestão José Roberto Arruda, Brandão deixou a pasta em outubro do ano passado por decisão do partido logo após o estouro das denúncias do mensalão do DEM.
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