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Domingo, 21 de julho de 2024

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Candidatos recorrem ao sentimentalismo e a Lula em propaganda eleitoral

Os dois principais candidatos à Presidência recorreram hoje ao sentimentalismo e ao carisma de Luiz Inácio Lula da Silva para pedir o voto no primeiro dia de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão.


Tanto Dilma Rousseff (PT), que parte como favorita com 43% das intenções de voto, como o opositor José Serra (PSDB), que está 11 pontos percentuais atrás dela segundo as últimas pesquisas, se apresentaram ao eleitorado lembrando sua infância e as principais conquistas nos cargos políticos que desempenharam.

A candidata petista cedeu grande parte de seus dez minutos de anúncio, o maior tempo de todos os candidatos, ao padrinho político Lula.

O governante, que conta com índices de popularidade elevados, falou com paixão de Dilma e lembrou como se surpreendeu quando a conheceu em 2002, o que o levou a oferecer o Ministério de Minas e Energia e mais tarde a chefia da Casa Civil.

"Grande parte do sucesso do Governo passa pela capacidade de coordenação de Dilma. Acho que hoje não há ninguém mais preparado no Brasil que Dilma", afirma Lula no anúncio.

Um narrador relatou a participação de Dilma em programas assistencialistas do Governo, enquanto eram exibidas imagens da candidata junto com Lula em diversos lugares.

Com fundo musical melancólico, a ex-ministra lembrou sua infância, sua militância em movimentos de esquerda contra a ditadura e os três anos que passou presa por sua oposição armada ao regime militar.

Em aproximação com as mulheres, mostrou fotografias cuidando de sua filha Paula, enquanto o narrador dizia que "o Brasil está preparado para escolher a sua primeira mulher presidente".

Dilma repetiu vários slogans usados por seu partido na primeira parte da campanha, insistiu na necessidade de dar continuidade ao "processo de mudança" do Brasil e defendeu a criação de uma "relação afetiva com o povo".

O tom sentimental também foi usado pela campanha de Dilma no primeiro anúncio hoje por rádio, ao som de música sertaneja e com elogios a Lula.

"Deixo em suas mãos meu povo e tudo o que mais amei, mas só deixo porque sei que vai continuar o que fiz e meu país será melhor e meu povo mais feliz, do modo que sempre quis", diz o jingle de Dilma na rádio em vez do slogan oficial da campanha.

Nos sete minutos na televisão, o candidato José Serra também apelou para o sentimentalismo e para a emoção.

Ele aparece na propaganda visitando bairros pobres, abraçando idosos e beijando na testa uma mulher doente, para garantir que as "histórias de superação" o emocionam e "dão gás para lutar".

A propaganda de Serra centrou principalmente no tema da saúde, em suas conquistas nessa área como governador de São Paulo e como ministro da pasta no Governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002).

O candidato se descreveu como um "homem simples", "de origem humilde" e lançou o slogan "nosso Brasil pode muito mais", com o qual alude a sua capacidade para melhorar o trabalho de Lula no cargo máximo do Governo.

Fechou seu anúncio com uma encorajadora música ao ritmo de samba, em um decorado ambiente humilde, com o lema: "sai o Silva e entra o Zé".

Segundo a última pesquisa, Dilma é a favorita nas eleições, com 43% das intenções de voto, 11 pontos percentuais à frente de Serra.

A terceira candidata nas pesquisas, Marina Silva, do PV, tentou sensibilizar os eleitores com um alerta sobre a mudança climática.

Os blocos de propaganda, que somam 25 minutos divididos para os nove candidatos, serão transmitidos duas vezes por dia às terças, quintas e sábados até a semana anterior às eleições, que serão realizadas no dia 3 de outubro.
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