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Domingo, 21 de julho de 2024

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Senado cancela depoimentos sobre suposta "fábrica de dossiês"

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, controlada por oposicionistas, confirmou nesta segunda-feira (30) o cancelamento dos depoimentos do ex-presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), Sérgio Rosa, do ex-gerente de planejamento do fundo, Gerardo Santiago, e do corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D'Ávila. Eles explicariam nesta terça-feira (31) aos parlamentares o vazamento de dados fiscais do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao PSDB e a suposta "fábrica de dossiês" comandada pelo "núcleo bancário" do Partido dos Trabalhadores (PT). Todos recusaram os convites para depor. A CCJ não tem poderes para convocá-los a dar explicações.


D'Ávila encaminhou carta à comissão informando a ausência, Gerardo Santiago telefonou à secretaria do colegiado e Sérgio Rosa não respondeu ao convite.

Nesta terça, no entanto, a comissão pretende ouvir, a partir das 10h, o técnico de informática Demétrius Sampaio Felinto. Ele declarara, em entrevista à revista Veja, ter cópia de vídeos que confirmariam um encontro da candidata petista ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, com a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Neste encontro, negado pela ex-ministra, Dilma teria pedido que o Fisco agilizasse uma investigação contra empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney.

Fábrica de dossiês
Também em entrevista à revista Veja, o ex-gerente da Previ, Gerardo Santiago, disse haver um esquema de espionagem no Partido dos Trabalhadores e afirmou que ele próprio, "cumprindo ordens superiores", elaborou dossiês contra deputados e senadores oposicionistas.

Representações criminais
Na última sexta-feira (27) o corregedor-geral da Receita Federal afirmou haver indícios de que as servidoras Antonia Aparecida Neves Silva - que detinha cargo de confiança na agência da Receita de Mauá, em São Paulo - e Adeildda Ferreira Leão dos Santos teriam recebido propina para acessar sem motivação funcional dados fiscais sigilosos de Eduardo Jorge, do ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor da Previ Ricardo Sérgio e de Gregorio Marin Preciado, ligado ao presidenciável José Serra (PSDB).

De acordo com o corregedor, a apuração do Fisco indica que as informações teriam sido encomendadas por pessoas de fora da Receita e que existiria uma espécie de "balcão de venda de informações" na agência de Mauá. Nesta segunda-feira (30), o órgão encaminhou ao Ministério Público duas representações criminais contra as servidoras por participação no episódio. O MP será responsável por enviar os dados para a Polícia Federal, que dará continuidade às investigações sob o aspecto criminal.
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