A Força Tarefa Previdenciária do Acre, composta pela Polícia Federal (PF), Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal (MPF) deflagrou na manhã desta sexta-feira uma operação que investiga denúncias de irregularidades na concessão de benefícios previdenciários de pensão por morte e salário maternidade. A Operação Casamata já apreendeu três veículos e cerca de R$ 6 mil. Os prejuízos apurados aos cofres públicos estão em R$ 300 mil, mas podem alcançar R$ 1 milhão.

A quadrilha alteraria datas de óbitos para gerar pagamentos retroativos de altos valores de pensão por morte. Para isso, criariam dependentes fictícios, utilizariam laranjas como procuradores para os depósitos dos benefícios e sumiriam com processos concessórios. Na maioria dos casos, os verdadeiros titulares não sabiam das concessões.

A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, três de sequestro de bens, três de afastamento temporário de servidores do INSS e decretou a quebra de sigilo bancário de envolvidos nos municípios de Rio Branco e Plácido de Castro. Participaram da operação 44 policiais federais e 10 servidores do Ministério da Previdência Social. Os benefícios teriam sido concedidos pela Agência da Previdência Social Rio Branco e PrevCidade, em Xapurí (AC).

As investigações identificaram o envolvimento de 10 pessoas, dentre os quais três são servidores do INSS e uma ex-estagiária da autarquia. Os demais seriam intermediários e procuradores de benefícios previdenciários