A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu hoje (9) o apoio às gestantes como forma de reduzir o número de abortos ilegais no país. Segundo a candidata, muitas jovens optam pela prática por falta de condições materiais e acolhimento da família.

“Minha proposta é assegurar que as meninas e as mulheres jovens tenham apoio para ter seus filhos, que elas não tenham que esconder a sua gravidez, que as mães não as expulsem de casa, que elas não tenham medo e sejam obrigadas a chegar nesse ponto, que é a eliminação da vida”, disse ao visitar uma maternidade na zonal sul da capital paulista. A instituição atende usuários do Sistema Único de Saúde e dá suporte a gestantes que precisam de acolhimento. “Isso aqui funciona com uma casa de refúgio”, ressaltou.

Apesar de abordar o tema, Dilma criticou a “tentativa deliberada” de pautar o debate eleitoral pelo tema do aborto. Para a candidata, esse tipo de discussão cria um clima de disputa religiosa. “Eu considero que é algo que não honra a nossa democracia a tentativa de construir essa eleição em cima de divergências religiosas”, afirmou. “Nós somos um país que nunca teve conflito religioso”, completou.

As 40 solicitações de compromissos aos candidatos, apresentados publicamente ontem (8) pelo PV, também foram comentados brevemente pela petista. “Eu pretendo discutir todas as propostas e pelo o que eu vi, as propostas da Marina [Silva] têm mais a ver conosco do que com o nosso adversário [José Serra (PSDB)]”, destacou.

O partido da senadora Marina Silva, terceira colocada nas eleições presidenciais, iniciou com o fim das eleições, uma série de discussões para definir se apoiará algum candidato no segundo turno do pleito presidencial. A decisão será dada na convenção do PV no próximo dia 17.

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra (PSDB), passa o dia em Santa Catarina – participa de uma carreata seguida de encontro com deputados do PP em Blumenau e depois visita a Oktoberfest, considerada a maior festa alemã das américas.