Olhar Direto

Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias

No Rio, Serra conta agora com aliados que apoiaram Cabral

Para tentar aumentar sua votação no Rio de Janeiro neste segundo turno, o presidenciável tucano José Serra contará no Estado com prefeitos e deputados do PSDB, DEM e PPS que ficaram afastados de sua campanha no primeiro turno por apoiarem a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB) - contrariando a orientação de seus partidos, que formaram coligação com Fernando Gabeira (PV), segundo colocado para o Governo.


Enquanto Cabral faz campanha para Dilma Rousseff (PT), o deputado estadual André Correa (PPS), que o apoiou abertamente, contra o partido, começa a pedir votos para Serra na manhã de sábado (16) em Valença, cidade do Sul Fluminense onde tem uma base eleitoral, conforme combinou com o candidato a vice Índio da Costa (DEM) em reunião com aliados do Rio nesta quarta-feira (13).

"Sempre fui a favor da aliança com o Sérgio Cabral e tentei que o partido o apoiasse. Não consegui, mas respeitaram minha decisão (de não apoiar Gabeira), embora não tenham gostado. Mas nunca participei de evento nenhum junto com a Dilma. Meu material de campanha sempre teve meu nome, o do Cabral e o do Serra", afirmou Correa, que se reelegeu com 55 mil votos.

Em setembro, o deputado do PPS foi o cicerone de Cabral em um evento com empresários das principais confecções do Estado, como Osklen, Richard's e Salinas - que abriu uma fábrica em Valença justamente após a aprovação de uma lei de Correa reduzindo de 19% para 2% a alíquota do setor. Ele é investigado pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder econômico, devido à inserção de um panfleto na revista Moda Rio, publicação interna do sindicato da indústria de roupas do Rio.

Além de André Correa, o presidenciável tucano deverá contar com o apoio mais forte de alguns prefeitos do DEM, como José Rechuan Jr., de Resende, e de Jorge Serfiotis, de Porto Real - ambas cidades do Sul Fluminense -, e do PSDB, como Marquinho Mendes, de Cabo Frio (Região dos Lagos) e Ivaldo Santos, o Timor, de Japeri (Baixada Fluminense), todos distantes de sua campanha no primeiro turno por se aliarem Cabral, que, além de apoiar Dilma, ainda era candidato e fazia inúmeras atividades de rua pelos municípios do interior levando o nome da candidata do PT.

Presente na reunião desta quarta-feira (13), Timor ressaltou que Serra deveria defender mais o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o Plano Real. O prefeito de Porto Real foi representado pelo filho Alexandre Serfiotis, candidato derrotado a deputado estadual pelo DEM. Ausentes, Mendes e Rechuan - que chegou a participar de uma reunião com Dilma e Cabral em maio - disseram ao Terra, desde o primeiro turno, que apoiariam Cabral contrariando as posições de seus partidos, mas que a "infidelidade" não se estenderia ao Planalto - para o qual seguiriam com o candidato do PSDB.

O único prefeito do Estado do Rio de Janeiro a fazer campanha efetiva com Serra no primeiro turno foi José Camilo Zito, de Duque de Caxias, que também é presidente estadual do partido.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet