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Domingo, 21 de julho de 2024

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Descrente da reforma tributária ampla, Delfim Netto defende mudanças pontuais

O ex-ministro da Fazenda e economista Delfim Netto disse hoje (8) que não acredita na viabilidade de uma ampla reforma tributária. Para o economista, o caminho mais fácil para o país simplificar e modernizar o sistema de arrecadação,com redução da carga tributária, é o das chamadas mudanças infraconstitucionais, que não exigem o complexo trâmite burocrático de alteração de cláusulas da Constituição Federal.


"Eu não tenho a menor esperança de que, em matéria de reforma tributária, nós possamos fazer grandes coisas daqui pra frente. Talvez tenhamos sucesso em impedir um aumento de impostos", disse Delfim Netto durante a abertura do Congresso Indústria 2010, promovido na capital paulista pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Na avaliação do economista, embora publicamente todos defendam a reforma tributária, os políticos não se entendem sobre o assunto, impedindo o avanço de medidas discutidas há décadas.

"Ninguém quer uma reforma ampla porque ela prejudica a todos [estados e União], mas beneficia o Brasil e não há ninguém interessado no país. Cada um empurra para cima do outro. O município não confia no estado, que não confia na União e eu [como contribuinte] não confio no governo nem quando estou nele. Enquanto não entendermos que somos um país federal, não haverá reforma tributária", afirmou Netto, provocando risos da plateia.

Para o economista, entre as reformas infraconstitucionais possíveis no curto prazo está a definição quanto à cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no destino, como forma, inclusive, de desonerar exportações e inibir a guerra fiscal entre estados.
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