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Domingo, 21 de julho de 2024

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AIDS

Parceria entre Brasil e 7 países permite produção de medicamento

O laboratório público Farmanguinhos, ligado à Fundação Osvaldo Cruz, vai produzir o remédio Ritonavir termoestável, uma das armas mais modernas para o tratamento dos portadores do vírus da Aids. O medicamento é uma evolução do Ritonavir convencional, que já é oferecido pelo ministério aos pacientes com resistência aos antirretrovirais comuns.


A parceria entre o Ministério da Saúde do Brasil e outros sete países viabilizou a produção do medicamento. No Brasil, mais de 38 mil pessoas são tratadas com o produto. Além de produzir o remédio, o Farmanguinhos vai repassar a tecnologia para os outros países signatários do acordo.

Segundo Juliana Vallini, do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, estes países também passam a ser independentes de empresas fabricantes. Vallini afirma que estes países não só terão autonomia na área de medicamentos antirretrovirais, mas também kits diagnótico e outros insumos.

“A ideia é que esses países tenham a possibilidade de ter uma transferência de tecnologia. O que é isso? Aprender a fazer esse medicamento no seu país para que eles também possam ter uma produção nacional e também possam suprir as necessidades do seu mercado", explicou.

Juliana Vallini ressalta que o Brasil gasta em torno de R$ 11 milhões na compra do Ritonavir comum, que não é fabricado no país. Com a produção nacional, o Ministério da Saúde vai economizar e permitir que esses sete países também tenham menos gastos e aumentem o acesso ao tratamento antirretroviral para sua população.

"Com isso, gera uma capacidade instalada de produção que é importante, não só quando você está trabalhando a questão do acesso a medicamentos e preço, mas a possibilidade do País ser auto-suficiente na produção daquele medicamento específico, considerando que a gente tem um acesso universal e que o Sistema Único de Saúde tem que garantir esses medicamentos para todos os pacientes", salientou.

A assessora técnica do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde lembra que, antes de começar a produção do Ritonavir termoestável, serão feitos testes clínicos para ver como o organismo reage ao princípio ativo - etapa que ainda não tem previsão para ser concluída. A parceria para produção do remédio ocorre entre Brasil, Argentina, Cuba, China, Ucrânia, Rússia, Tailândia e Kênia, desde 2004. (Com informações do Ministério da Saúde).
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