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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Mantega diz que notícias sobre demissão são 'piadas de mau gosto'

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou nesta terça-feira (14) como "piadas de mau gosto" informações divulgadas em sites na semana passada segundo as quais teria pedido demissão do cargo.


“Acho que são piadas de mau gosto. Não vejo boato nenhum”, afirmou o ministro após participar de reunião do Conselho Político do governo, no Palácio do Planalto.

Na última sexta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff chegou a negar, por meio do Blog do Planalto, que Mantega teria pedido demissão do cargo. "As pessoas que espalham esses rumores prestam um desserviço ao país. Não se sabe a quais interesses inconfessáveis elas servem", disse a presidente, segundo o blog oficial.

No mesmo dia, antes da manifestação da presidente, o Ministério da Fazenda tinha divulgado nota na qual classificava a notícia como "irresponsabilidade" e sem "nenhum fundamento".

Nesta terça, depois de afirmar que o Brasil vai crescer em 2012, mesmo "remando contra a correnteza" da economia mundial, o ministro foi indagado por jornalistas se ele, particularmente, continuaria "remando" até o final do governo. “Eu vou continuar remando, sim”, declarou.

Após a mesma reunião da qual Mantega participou, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse ainda que o ministro da Fazenda comparecerá a audiência no Congresso Nacional, ainda sem data marcada, para prestar esclarecimentos sobre a crise financeira internacional.

Investimento
Mantega disse que o principal assunto discutido durante a reunião do Conselho Político foram os desafios do país e anunciou a expectativa do governo de aumentar em 10% os investimentos público e privado em 2012. Nesta segunda, o boletim "Economia Brasileira em Perspectiva", do Ministério da Fazenda, previa uma ampliação de 10,8% dos investimentos em 2012.

“O principal desafio é manter o crescimento forte mesmo na contracorrente internacional. O Brasil vai crescer mais do que no ano passado”, disse.

O ministro afirmou que o país tem “volume de programas que nos permitirá [fazer] crescer o investimento em 10% em 2012” e ampliar para 20% a participação do investimento no PIB.

Como exemplo de programas que ajudarão o país a aumentar o investimento público, Mantega citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que pretende investir R$ 40 bilhões neste ano; o PAC Privado (parceria dos setores público e privado), cujo investimento, segundo o ministro, deve chegar a R$ 1 trilhão até 2014; o Minha Casa, Minha Vida e as obras da Copa do Mundo.

Ficou decidido na reunião do Conselho Político, de acordo com Mantega, que “o governo dará condições financeiras e tributárias” para que haja “dinamização do investimento”.

"Há a perspectiva ainda de se baratear o acesso ao crédito, fortalecimento do mercado interno, continuidade do crescimento e do emprego, além de ampliação de programas sociais como o Brasil sem Miséria e o Bolsa Família", declarou.

Segundo Mantega, o valor a ser contingenciado no orçamento de 2012 ainda não foi definido. “[O contingenciamento] não está pronto. Não há números definidos”, disse. O valor, contudo, será suficiente, de acordo com o ministro, para “viabilizar o resultado primário [superávit] de R$ 140 bilhões”.
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