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Domingo, 21 de julho de 2024

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Cargo em ministério influencia apoio do PR em São Paulo, diz vice-líder

O vice-líder do PR da Câmara, Luciano Castro (RR), afirmou nesta quarta-feira (29) que as negociações com o governo federal sobre enventual troca no comando do Ministério dos Transportes vão influenciar na decisão do partido de apoiar ou não a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo.


Segundo o deputado, a indicação de um nome aprovado pelo PR para o comando dos Transportes vai "facilitar" o apoio da legenda a Haddad. "Não é uma condicionante, mas é um facilitador. Se você está dentro do governo não tem como ser pró-Serra. Isso acaba induzindo o apoio do PR ao candidato do governo".

O vice-líder do PR não descartou apoio do partido ao ex-governador José Serra, candidato do PSDB à prefeitura. "Acho difícil, mas não é impossível", afirmou.

O senador Blairo Maggi (PR-MT) seguiu a mesma linha, ressaltando que o partido não faz mais parte da base aliada de Dilma Rousseff. "É possível, sim ir junto com o Serra,. Hoje o PR faz parte da base do prefeito [Gilberto] Kassab, e o Kassab deve apoiar o Serra. Então, se nós não fazemos parte da base aqui, não somos governo, nós estamos livres para qualquer negociação em qualquer lugar. E não só em São Paulo".

Segundo Maggi, caso o PR venha a assumir um ministério não deve apoiar Serra. "O PR tem uma posição, que se ele é governo, se está dentro da base e tem compromisso com o governo é muito mais tranquilo seguir com as parcerias com o PT em outros lugares também."

Candidatura própria
Nesta terça (28), o deputado federal Tiririca (SP) anunciou que está à disposição do PR para disputar a eleição em São Paulo. O vice-líder Luciano Castro, no entanto, disse que, até o momento, "não dá para dizer que a candidatura é para valer". "Acho que o Tiririca não ganha, mas vai ter um bocado de voto e vai eleger um bocado de vereador. Não é uma alternativa ruim", disse.

Segundo o deputado, o partido busca uma "solução negociada" com o governo federal, que pode ou não resultar na retirada da candidatura de Tiririca. "Há um sentimento de buscar uma solução negociada com o governo, com o retorno para o PR do comando do Ministério dos Transportes", disse.

O PR deixou a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff no ano passado, após a demissão de Alfredo Nascimento do comando do Ministério dos Transportes. O secretário-executivo da pasta, Pedro Passos, assumiu o cargo de Nascimento, mas, apesar de ser filiado ao PR, não tem o apoio da cúpula da legenda.

"Acredito que o governo será sensível à posição do PR. Deve ir para o comando dos Transportes um ministro que tenha o comando político das bancadas. Não dá para nomear ministro sem liderança", disse Castro.

'Bom exemplo'
Em discurso nesta quarta no plenário da Câmara, o líder do PR na Casa, Lincoln Portela (MG), disse que a sigla não pode ignorar "manifestações democráticas" pela candidatura de Tiririca.

"Algumas pessoas querem o seu lançamento à candidatura à Prefeitura de São Paulo, um posicionamento nítido, claro, insofismável. Não podemos, é claro, impedir que manifestações democráticas sejam colocadas em relação ao nome de Tiririca", disse.

Segundo Portela, o comediante se mostrou um deputado "íntegro" e "probo". "Na capital paulista, o nosso deputado federal Tiririca tem dado um exemplo de bem aqui nesta Câmara. Tem 100% de presença nesta Casa, tem projetos muito bem elaborados, nenhum projeto esdrúxulo, foi relator de outros tantos projetos, presidindo inclusive sessões e tem dado o testemunho de um homem reto, probo e íntegro", afirmou.
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